sábado, 20 de dezembro de 2025

POLÍCIA FEDERAL APREENDE R$ 430 MIL NO ENDEREÇO DE ASSESSOR DO LÍDER DO PARTIDO LIBERAL NA CÂMARA FEDERAL EM BRASÍLIA

PF apreende R$ 430 mil em espécie em endereço ligado a líder do PL na Câmara

A Polícia Federal apreendeu R$ 430 mil em dinheiro em espécie em um endereço ligado ao líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), durante uma operação realizada nesta sexta-feira para apurar suspeitas de desvio de cota parlamentar.

Além de Sóstenes, o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) também é alvo de mandados de busca e apreensão. Ao todo, a PF cumpre sete ordens judiciais, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no Distrito Federal e no estado do Rio de Janeiro. 

Segundo a investigação, “agentes políticos, servidores comissionados e particulares teriam atuado de forma coordenada para o desvio e posterior ocultação de verba pública”. A apuração aponta que os recursos desviados eram repassados a empresas de fachada e, posteriormente, submetidos a mecanismos de lavagem de dinheiro. Assessores dos dois parlamentares teriam movimentado milhões de reais. 

A investigação apura os possíveis crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. 

Nas redes sociais, Jordy afirmou que é alvo de uma “perseguição implacável” e de “pesca probatória”. Ao GLOBO, ele acrescentou que “não cabe ao parlamentar fiscalizar a frota ou a estrutura interna da empresa contratada, mas sim contratar o serviço mais eficiente e pelo menor custo, como sempre fiz”. Sóstenes foi procurado, mas ainda não se manifestou. 

Em dezembro do ano passado, a PF já havia realizado uma operação de busca e apreensão em endereços ligados a assessores dos deputados. A ação investigava o desvio de cota parlamentar por meio de contratos falsos com locadoras de veículos. A operação foi batizada de “Rent a Car”, em referência ao suposto esquema, no qual uma empresa de locação era utilizada para simular a prestação de serviços. 

De acordo com os investigadores, agentes públicos e empresários teriam firmado um “acordo ilícito para o desvio de recursos públicos oriundos de cotas parlamentares” a partir desses contratos.

Fonte: O Globo



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