Pai e filho identificados como responsáveis por massacre contra judeus em Sydney
Um ataque a tiros durante uma celebração do Hanukkah na praia de Bondi, em Sydney, deixou 19 mortos e cerca de 40 feridos, incluindo crianças, um rabino e um sobrevivente do Holocausto, segundo autoridades australianas. O ataque ocorreu na noite de domingo (13/12), quando aproximadamente 1.000 pessoas se reuniam para o feriado judaico.
A polícia de Nova Gales do Sul (NSW) informou que os responsáveis pelo ataque eram pai e filho, identificados como Sajid Akram, de 50 anos, que foi morto a tiros por policiais, e Naveed Akram, de 24 anos, que está em estado crítico sob escolta policial em hospital.
Segundo o comissário da polícia de NSW, Mal Lanyon, o pai possuía licença para portar armas, e todas as seis armas apreendidas estavam registradas legalmente em seu nome. “Temos seis armas apreendidas da cena do crime e de buscas em endereço ligado à família”, afirmou Lanyon. Ele acrescentou que investigações balísticas e forenses serão realizadas para confirmar o uso das armas no ataque.
O ASIO, agência de inteligência da Austrália, confirmou que um dos atiradores estava sob monitoramento, mas não representava ameaça imediata. “Precisamos investigar o que aconteceu”, disse o diretor-geral Mike Burgess. A organização se comprometeu a revisar protocolos e identificar possíveis planejadores de ataques semelhantes, embora não haja indícios de outros indivíduos com intenções semelhantes na comunidade.
O ataque foi oficialmente classificado como incidente terrorista, o que permite que o ASIO, a Polícia Federal Australiana e autoridades estaduais usem poderes especiais na investigação. O primeiro-ministro Anthony Albanese indicou que poderá haver financiamento adicional para segurança da comunidade judaica, conforme recomendação da enviada especial para o combate ao antissemitismo, Jillian Segal. O FBI também está auxiliando as autoridades australianas.
Os atiradores passaram o final de semana em um imóvel alugado em Brighton Avenue, Campsie, e a polícia realizou buscas nesse endereço e na casa da família em Bonnyrigg Heights.
Entre os mortos estão uma garota de 10 anos, um rabino local, um cidadão israelense e um francês. A faixa etária das vítimas varia entre 10 e 87 anos. Além disso, 40 pessoas permanecem hospitalizadas, cinco em estado crítico e as demais em condições graves ou estáveis. Dois policiais feridos também estão internados em estado grave, mas estável.
O ataque de Bondi Beach é considerado o mais letal na Austrália desde o massacre de Port Arthur, em 1996, que deixou 35 mortos e 24 feridos. Testemunhas relataram que os disparos duraram cerca de 10 minutos, enquanto pessoas tentavam se proteger. Um vendedor local, Ahmed al-Ahmed, de 43 anos, conseguiu imobilizar Sajid Akram, ajudando a interromper os disparos.
Fonte: Gazeta Brasil

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