BANCO CENTRAL LANÇA SERVIÇO 'BC PROTEGE+' PARA PROTEGER O CIDADÃO DE FRAUDES COMO ABERTURA DE CONTAS CORRENTES

BC Lança “BC Protege+” para Blindar Clientes Contra Fraudes na Abertura de Contas e Chaves Pix

A partir desta segunda-feira (1º), entram em vigor duas novas medidas do Banco Central (BC) com o objetivo de reforçar a segurança do sistema financeiro e prevenir fraudes e golpes. As ações incluem o fim das chamadas “contas-bolsão” e a criação do serviço BC Protege+, que permitirá aos clientes bloquear a abertura de contas em seus nomes.

As contas-bolsão são usadas em esquemas criminosos para dificultar o rastreamento de recursos, tendo sido identificadas em operações como a Carbono Oculto, que investigou lavagem de dinheiro ligada ao PCC, e a Poço de Lobato, contra o Grupo Refit, um dos maiores sonegadores de impostos do país. Com a nova regra, as instituições financeiras passam a ser obrigadas a encerrar contas utilizadas para serviços financeiros de terceiros que não possam ser rastreados.

Já o BC Protege+ é um sistema eletrônico, de acesso facultativo, que permitirá aos clientes registrar restrições para que não sejam abertas contas em seus nomes nem sejam incluídos como titulares ou representantes em contas de terceiros. O serviço será acessível por meio do portal Meu BC, onde os clientes poderão gerenciar também outros serviços do Banco Central, como o Registrato e o Sistema Valores a Receber (SVR).

De acordo com a resolução do BC, as instituições financeiras devem consultar o BC Protege+ antes de abrir contas de depósitos à vista, contas de poupança e contas de pagamento pré-pagas, assim como antes de incluir titulares ou representantes nessas contas.

Essas medidas integram um pacote de ações para aumentar a segurança do Pix, que nos últimos meses recebeu diversas funcionalidades de proteção:

1º de outubro: implantação do botão de contestação digital, permitindo que clientes contestem golpes ou fraudes diretamente pelo aplicativo bancário.

4 de outubro: bloqueio de chaves Pix identificadas pelos bancos como usadas em golpes.

13 de outubro: obrigatoriedade do Pix Automático em débitos interbancários para empresas não autorizadas pelo BC, com autorização prévia do pagador.

23 de novembro: rastreamento do caminho dos recursos em múltiplas contas, permitindo bloqueio de valores e devolução em até 11 dias após contestação.

Segundo o Banco Central, as novas medidas reforçam a proteção do sistema de pagamentos instantâneos e dificultam a atuação de criminosos que utilizam contas para movimentar dinheiro de forma ilícita.

Fonte: Banco Central