domingo, 5 de outubro de 2025

EM MEIO AO PLANO DE PAZ PROPOSTO POR DONALD TRUMP E HAMAS PROPENSO A ACEITAR EXPLOSÕES CONTINUAM NA FAIXA DE GAZA

Hamas aceita parte do plano de Trump para Gaza e diz estar pronto para negociar

Grupo terrorista aceita libertar reféns e cogita deixar o poder em Gaza sob proposta do presidente americano, mas quer negociar detalhes

O Hamas disse nesta sexta-feira 3 que concorda com a libertação de todos os reféns israelenses e abrirá mão de governar a Faixa de Gaza sob os termos do plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para o fim da guerra com Israel. O grupo terrorista assinalou, contudo, que está pronto para começar negociações, ainda com mediadores, para discutir detalhes e outros pontos.

Em resposta, Trump disse em sua rede social acreditar que o Hamas “está pronto para uma paz duradoura. “Israel deve parar imediatamente os bombardeios contra Gaza para que possamos retirar os reféns de forma rápida e segura! Por enquanto, é muito perigoso fazer isso”, escreveu o presidente americano. “Estamos em discussões sobre os detalhes que serão acordados. Isso não é só sobre Gaza, é sobre a tão buscada PAZ no Oriente Médio.”

O Hamas estava sob pressão de países árabes e dos EUA para responder ao plano de paz apresentado por Trump na última segunda 29. Nesta sexta, Trump havia repetido ultimato que fez durante a semana ao dizer que um “inferno total” seria lançado sobre o grupo terrorista caso não houvesse resposta até domingo 5.

À rede qatari Al Jazeera, um membro da liderança do Hamas que não quis se identificar disse que não seria possível aceitar a proposta de Trump sem mais negociações e que a libertação dos reféns provavelmente demoraria dias. Os israelenses sequestrados pelo grupo terrorista há quase dois anos estão espalhados pela Faixa de Gaza e em poder de outros grupos armados aliados do Hamas.

O plano de Trump prevê que a libertação aconteça em 72 horas, o que o membro do Hamas disse ser pouco realista.

O tema dos reféns é um dos poucos que possuem diretrizes claras na proposta americana. Depois, o texto diz que, assim que todos os reféns forem soltos, Tel Aviv deverá libertar 250 palestinos prisioneiros condenados à prisão perpétua, além de 1.700 moradores de Gaza detidos após o ataque de 7 de outubro de 2023, incluindo todas as mulheres e crianças detidas nesse contexto.

Fonte: UOL Internacional



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