quinta-feira, 28 de agosto de 2025

INVESTIGAÇÕES DERAM CONTA DE QUE JAIR BOLSONARO PODERIA PEDIR ASILO POLÍTICO EM PELO MENOS TRÊS PAÍSES

Bolsonaro mapeou ao menos três países como opções de fuga do Brasil

O ministro Alexandre de Moraes determinou ontem que a polícia fique de olho em Jair Bolsonaro. O objetivo é evitar que o ex-presidente fuja do país para escapar da provável condenação por tentativa de golpe.

Em ofício ao Supremo, o procurador-geral Paulo Gonet disse que seria “de bom alvitre” reforçar a vigilância sobre o capitão. Moraes considerou a ideia “adequada e necessária” para a aplicação da lei penal.

O capitão já fez de tudo para melar o julgamento marcado para começar na semana que vem. Sua defesa tentou tirar o caso do Supremo. Não conseguiu. Depois pediu para transferi-lo da Primeira Turma para o plenário. Também não deu certo.

As manobras para deslocar o foro seguiram as regras do jogo. O problema foi quando o ex-presidente deixou de confiar nos advogados para apelar à ajuda da Casa Branca.

Num ataque ao Brasil, Donald Trump elevou tarifas e revogou vistos para tentar acuar o Supremo. Em seguida enquadrou o ministro Moraes na Lei Magnitsky, editada para punir terroristas e ditadores.

O presidente americano tem usado a força bruta para perseguir opositores políticos em seu próprio país. Não pensaria duas vezes antes de conceder asilo a um aliado em apuros na América do Sul.

Bolsonaro também não teria constrangimento em correr para os Estados Unidos. Fez isso no fim de 2022, quando voou para a Flórida no penúltimo dia de mandato.

O capitão já havia mapeado ao menos outras duas opções de fuga. No ano passado, escondeu-se por duas noites na embaixada da Hungria após ter o passaporte apreendido. Com medo de uma ordem de prisão, estava pronto para pedir socorro ao ultradireitista Viktor Orbán.

Na semana passada, a Polícia Federal revelou que o celular de Bolsonaro guardava o rascunho de outro pedido de asilo. Ele apelaria à ajuda de Javier Milei, agora às voltas com suspeitas de corrupção na Argentina.

O ex-presidente diz que nunca pretendeu fugir, mas cumpre prisão domiciliar a 15 minutos de carro do setor que concentra as embaixadas em Brasília. No dia em que foi levado para calçar a tornozeleira eletrônica, ele deu a deixa: “Sair do Brasil é a coisa mais fácil que tem”.

'É natural que autoridades se cerquem de precauções para evitar que Bolsonaro fuja do julgamento'

Fonte: Coluna Metrópoles



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