MST prevê ter até 700 representantes nas eleições e fará encontro para organizar candidaturas
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) vai realizar na próxima semana um encontro de pré-candidatos nas eleições municipais que fazem parte do movimento ou são apoiados por ele. A ideia é organizar assentados, acampados e aliados com pretensões eleitorais de 24 estados e do Distrito Federal e alinhá-los às bandeiras dos sem-terra.
O encontro acontecerá entre 9 e 11 de julho na Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema (SP), e contará com a participação de Gleisi Hoffmann, presidente do PT, Paula Coradi, presidente do PSOL, e Walter Sorrentino, vice-presidente do PCdoB.
Também participarão o ex-ministro José Dirceu (PT), o deputado Orlando Silva (PCdoB) e os marqueteiros Sidônio Palmeira e Otávio Antunes, além de lideranças do MST como João Pedro Stedile e João Paulo Rodrigues.
"O povo do MST tem muitos candidatos nos assentamentos. Só que acabam saindo bons candidatos e também outros que não são bons, abrindo espaço para partidos sem compromisso com a reforma agrária", afirma Rodrigues, dirigente nacional do MST e um dos responsáveis pela articulação política do movimento.
Rodrigues estima que, somando membros do MST e aliados da causa, o movimento terá entre 500 e 700 pré-candidatos a vereador, vice-prefeito e prefeito em 2024. Até o momento, em São Paulo serão 19 candidatos. Na Bahia, 32, e em Pernambuco, 21.
Ele afirma que esse encontro deverá mostrar aos candidatos como eles podem apresentar em suas campanhas os temas que o MST está discutindo com a sociedade, divididos em três grandes eixos: luta pela terra, preservação ambiental e alimentos saudáveis..
O dirigente sem-terra ainda afirma que o movimento pretende reforçar em seus acampamentos e assentamentos a importância de que seus membros apoiem candidatos progressistas de todos os partidos.
"Não podemos deixar que a direita adentre os assentamentos como ela faz em outros segmentos. Para nós, a campanha tem sentido político, mais que eleitoral", conclui Rodrigues.
Fonte: Folha de São Paulo
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