terça-feira, 25 de julho de 2023

O BRASIL E SUAS CURIOSIDADES: GOVERNO FEDERAL DA GUARIDA A POLÍTICOS DERROTADOS NA ELEIÇÃO PASSADA

Sem conseguir cargos com Tarcísio, Kassab abriga aliados no governo Lula

Secretário de Governo de SP emplacou correligionário no Ministério da Agricultura

Com bom trânsito entre os partidos políticos, desde o PSDB até o PT, o secretário de Governo do Estado de São Paulo, Gilberto Kassab, está emplacando aliados de seu partido, o PSD, no governo Lula.

Sempre próximo dos governos, Kassab — ex-ministro de Dilma Rousseff e de Michel Temer e ex-secretário de João Doria — conseguiu um cargo para o ex-deputado federal Guilherme Campos no Ministério da Agricultura, pasta comandada por Carlos Fávaro, filiado à legenda. Campos assumiu, no começo do mês a superintendência do ministério em São Paulo.

O jornal O Estado de S. Paulo informa em reportagem publicada na edição desta quarta-feira, 19, que outro ex-deputado federal do PSD — Walter Ioshi — também pode ganhar um cargo na gestão Lula.

Ioshi assumiria um posto em um dos três ministérios do partido de Kassab, que, além da Agricultura, comanda Minas e Energia, com Alexandre Silveira, e Pesca, com André de Paula. Além dos dois, afirma o Estadão, há outras figuras, como suplentes de deputados, que aguardam em uma espécie de “fila interna da sigla” para ocupar posições.

Campos não conseguiu se reeleger em 2022 e passou mais de seis meses à espera de uma nomeação no governo de Tarcísio de Freitas sem ser contemplado. Chegou a ser cotado como superintendente do Sebrae de São Paulo, mas a tentativa foi abortada depois que membros do órgão reclamaram de interferência política, e para a Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp).

Nesse último caso, a nomeação esbarrou nas restrições impostas pela Lei das Estatais, que veda políticos nas diretorias ou no conselho das empresas públicas. Posteriormente, a pedido do PCdoB, partido aliado de Lula, o então ministro Ricardo Lewandowski, com liminar concedida em março, suspendeu trecho da lei e permitiu nomeações políticas.

Segundo o Estadão, fontes do Palácio dos Bandeirantes atribuem a iniciativa de Kassab a um desgaste com o secretário da Casa Civil, Arthur Lima, conhecido por vetar indicações políticas de partidos da base.

Apesar disso, auxiliares de Lima e de Kassab negam que a nomeação de Campos ao governo de Lula esteja relacionada a qualquer atrito entre eles, observa o jornal. Integrantes da Casa Civil dizem seguir critérios “estritamente técnicos” nas indicações. Afirmam ainda que o nome de Campos não chegou à pasta e, portanto, não foi debatido internamente.

Já Kassab explicou ao Estadão que “Campos foi convidado pelo ministro da Agricultura, que é filiado ao PSD, e terá grande êxito neste desafio, como nos outros cargos que ocupou”.

Fonte: Portal Cidade News


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