Quem Fátima poderá cooptar para ter maioria na Assembleia?
Fátima Bezerra venceu fácil em sua disputa pelo segundo mandato de governadora do RN. Mas na Assembleia Legislativa seu desempenho não tão excepcional: elegeu 9 aliados para as 24 cadeiras em disputa; a oposição elegeu 15.
Eleitos pela situação
Francisco do PT
Isolda Dantas (PT)
Divaneide Basílio (PT)
George Soares (PV)
Eudiane Macedo (PV)
Hermano Morais (PV)
Ezequiel Ferreira (PSDB)
Kleber Rodrigues (PSDB)
Dr. Bernardo (PSDB)
Eleitos pela oposição
José Dias (PSDB)
Gustavo Carvalho (PSDB)
Tomba Farias (PSDB)
Nelter Queiroz (PSDB)
Galeno Torquato (PSDB)
Coronel Azevedo(PL)
Cristiane Dantas (SDD)
Taveira Júnior (União Brasil)
Ivanilson Oliveira (União Brasil)
Adjuto Dias (MDB)
Kerginaldo Jácome (PSDB)
Wendel Lagartixa (PL)
Terezinha Maia (PL)
Neilton Diógenes (PL)
Luís Eduardo (SDD)
Para obter maioria no parlamento, Fátima terá que atrair deputados que foram eleitos na oposição. E isso claramente envolve abertura de espaços e cargos no governo, bem como a destinação de recursos estaduais para redutos eleitorais dos candidatos a aliado.
Uma primeira conquista da base de apoio poderá vir da eventual confirmação da inelegibilidade de Wendell Lagartixa (PL). Em seu lugar assumiria o governista Ubaldo Fernandes (PSDB).
O PL, liderado no estado pelo deputado federal João Maia, elegeu 4 deputados estaduais. Caso Wendell Lagartixa tome posse, é certo que estará na oposição. Certo? Bem, é bastante provável. É o mesmo caso de Coronel Azevedo, que deverá permanecer como oposição.
Os outros eleitos pelo PL são Neilton Diógenes e Terezinha Maia. Neilton já declarou que aguarda a posição do partido, mas não descarta de imediato o apoio ao governo. Terezinha parece seguir o mesmo caminho. Vale lembrar que o líder do partido, João Maia, chegou a pedir a pedir votos para Lula e Fátima em diversas cidades. Do PL poderão vir ao menos duas importantes adesões à base governista.
O União Brasil elegeu dois estaduais, Taveira Júnior e Ivanilson Oliveira. O líder do partido no RN, ex-senador José Agripino Maia, chegou a manifestar simpatia pela reeleição de Fátima, mas acabou apoiando Fábio Dantas (SDD) para o Governo do Estado e a reeleição de Bolsonaro à Presidência. Contudo, parece viável uma composição do governo com a bancada do UB, uma vez que Lula foi eleito e o partido tende a apoiá-lo no Congresso Nacional.
Único deputado estadual eleito pelo MDB, Adjuto Dias não segue a liderança do vice-governador eleito Walter Alves. Seu grupo é liderado pelo prefeito de Natal Álvaro Dias. O ingresso de Adjuto na base governista pode ser mais difícil, uma vez que o PT não parece ter planos de se aproximar da gestão municipal da capital. Mas parcerias de gestão poderiam mudar esse quadro.
No Solidariedade, a deputada reeleita Cristiane Dantas, que é esposa do candidato derrotado Fábio Dantas, já esteve aliada ao PT em outros momentos. Sua aproximação do governo, junto ao colega de chapa Luís Eduardo, não seria surpreendente.
Já na maior bancada da Assembleia, o PSDB, dos 9 deputados eleitos, 3 apoiam o governo: Ezequiel Ferreira, Kleber Rodrigues e Dr. Bernardo. Com a possibilidade de um quarto assumir o mandato, Ubaldo, como já falamos.
A relação do governo com José Dias, Gustavo Carvalho, Tomba Farias, Nelter Queiroz, Kerginaldo Jácome e Galeno Torquato é bastante matizada. Enquanto parece difícil contar uma adesão de Tomba e Gustavo, por exemplo, o mesmo não se sabe ainda sobre a posição de Galeno e Kerginaldo.
Noves fora, é muito provável que até a eleição da nova mesa diretora da Assembleia o governo tenha ampliado sua base de apoio o suficiente para ter maioria na Casa.
Fonte: Blog do Girotto
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