MPF foi contra busca e apreensão na casa de Ciro e Cid Gomes
O MPF (Ministério Público Federal) se manifestou contra a expedição de mandados de busca e apreensão contra os irmãos Ciro Gomes (PDT), pré-candidato à Presidência da República, e Cid Gomes (PDT), senador pelo Ceará.
Os dois foram alvo, na quarta-feira (15), de uma operação da Polícia Federal sobre suspeita de desvios de recursos públicos nas obras do estádio Castelão, em Fortaleza.
Ao todo, a PF cumpriu 14 mandados de busca e apreensão determinados pela Justiça, incluindo endereços dos irmãos Gomes, como parte de um inquérito iniciado em 2017, que contou com relatos de quatro delatores e que trata de acusações referentes ao período de 2010 a 2013.
Em manifestação no dia 24 de novembro deste ano, porém, o procurador da República Luiz Carlos Oliveira Júnior afirmou que a realização de busca e apreensão nos endereços dos investigados seria contraproducente, considerando que os fatos ocorreram há quase 11 anos.
"A eficácia da medida ora pretendida pela autoridade policial exige a contemporaneidade dos fatos supostamente criminosos praticados, o que não se verifica", disse o procurador.
"Sobretudo quando sopesado que implicam em medida drástica de ingresso na residência dos investigados, onde expõe pessoas alheias à investigação em curso como, por exemplo, filhos menores de idade, cônjuges, dentre outros, além de implicar em grande exposição social no local de residência dos investigados e de seus familiares", afirmou ainda.
Em sua requisição, a Polícia Federal pediu quebra de sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático, além de expedição de mandados de busca e apreensão contra diferentes pessoas, físicas e jurídicas —que ganhou parecer parcialmente favorável por parte do MPF.
Fonte: Folha Online
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