'Você se masturba?': veja as conversas que afastaram Caboclo da CBF
O Comitê de Ética da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu afastar por 30 dias o presidente Rogério Caboclo. A decisão saiu neste domingo e a entidade já foi notificada. A situação do dirigente ficou delicada após denúncia de uma funcionária que acusa o mandatário de assédio sexual e moral.
A TV Globo revelou durante o programa Fantástico um áudio gravado pela funcionária na noite de 16 de março. No dia em questão, Rogério Caboclo chamou a funcionária à sua sala na sede da CBF, no Rio de Janeiro. O dirigente queria que ela tirasse a máscara e aceitasse uma taça de vinho. Ela recusou.
Desconfortável, a mulher mandou mensagens a dois diretores da CBF pedindo ajuda. Quando um deles chegou, ela saiu da sala. Entretanto, Caboclo voltou a chamá-la e ela resolveu gravar a conversa.
A gravação faz parte da denúncia de assédio apresentado pela funcionária ao Comitê de Ética da CBF, na última sexta-feira. O dirigente tentou fazer um acordo e ofereceu R$ 12 milhões à funcionária. Ela recusou.
A seguir, trechos da transcrição revelados pela Globo:
A defesa de Rogério Caboclo enviou à Globo e ao GE a seguinte nota:
"Rogério Caboclo nega veementemente ter cometido qualquer ato de assédio. Embora ele reconheça que houve brincadeiras inadequadas e excesso de intimidade, é preciso deixar claro que essas decorreram do fato de que havia uma relação de amizade entre ambos, que a denunciante esteve várias vezes na casa dele, convivia com sua família e que ambos conversavam com frequência sobre assuntos de natureza pessoal. Mas jamais ele se aproximou fisicamente da denunciante, menos ainda fez qualquer movimento ou proposta no sentido de se aproveitar de forma libidinosa dela. Denunciante omite o fato de que, por várias semanas, negociou acordo em torno da questão, e até constituiu advogado para tanto, tendo feito pedido inicial de 12 milhões de reais, em troca da não divulgação da gravação. Estranhamente, acabou por fazer a denúncia, três meses após a data em que realizou a gravação, e em dia de jogo oficial da Seleção Brasileira. Minutas de acordo foram comprovadamente trocadas, mas, ao que parece, ao final, a denunciante não se contentou com seus termos". Procurada pela Globo, a defesa da funcionária afirmou que jamais houve algum pedido por parte dela, mas sim uma oferta, que foi recusada.
Fonte: Super Esportes
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