Centrão usa crise na saúde e rejeição a Bolsonaro para elevar seu preço e pedir cinco ministérios ao Planalto
A dramática crise da saúde aliada ao aumento da impopularidade do presidente Jair Bolsonaro tem assanhado a fome do Centrão por novos ministérios. Nesta quarta-feira, pesquisa Datafolha mostrou que 40% dos entrevistados acreditam que ele faz um Governo ruim ou péssimo, sua gestão da pandemia de covid-19 é reprovada por 54% das pessoas e 56% acreditam que ele não tem condições de liderar o país.
Antes mesmo de ter esses números em mãos, mas calculando também o impacto da reentrada em cena do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o grupo fisiológico de legendas de centro-direita já tinha aumentado o seu preço pelo apoio ao Planalto. Agora, quer a indicação para ao menos cinco pastas: Casa Civil, Secretaria de Governo, Minas e Energia, Relações Exteriores e Educação. É um avanço claro sob dois campos que são os alicerces do bolsonarismo, o militar e o ideológico. Os três primeiros ministérios são comandados por membros das Forças Armadas. Os outros dois tiveram indicações de sua base ideológica.
Fonte: El País
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