sábado, 19 de dezembro de 2020

ATENÇÃO À SAÚDE DEVE SER AINDA MAIS CRITERIOSA NOS FESTEJOS DE FIM DE ANO


Resiliência na travessia: precauções contra a Covid-19 é urgente para quem tem mais de 60

De repente a vida ficou diferente. A rotina foi quebrada pela imposição do distanciamento social, medida adotada para a contenção do avanço da propagação da Covid-19. Diante dessa nova situação, cada um de nós se viu em meio ao desafio de reinventar seu cotidiano, ação necessária para a nossa preservação, para a segurança da população, e também para garantir a saúde daqueles que, por exercerem atividades essenciais para a sociedade, não puderam aderir ao recolhimento.

A espécie humana não convive bem com situações de isolamento: o homem é um ser social, pois depende das inter-relações com os outros seres para dar sentido à sua existência. Não por acaso, na maioria dos países, a pena máxima aplicada pela sociedade contra aqueles que descumpram os preceitos legais é a privação da liberdade.  “É impossível ser feliz sozinho”, filosofava Tom Jobim.

Dentre os mais afetados por essa nova configuração da realidade está a população com idade acima de 60 anos. Considerada a faixa etária mais vulnerável aos impactos da doença, é sobre ela que recaem as mais rigorosas precauções. Como lidar com mais este desafio tornou-se questão premente.  Os idosos necessitam, portanto, de uma atenção maior por parte do estado e também daqueles por eles responsáveis diretamente.

Resiliência deve ser a palavra de ordem nesse novo contexto. Tal qual o “velho marinheiro”, do samba de Paulinho da Viola, é hora de tocar o barco devagar em meio à tempestade. E os cuidados com as saúdes devem compor a ordem do dia. 

Pesquisa informal realizada pela Liga Solidária com pessoas acima de 60 anos revelou que 68% dos entrevistados deixaram de praticar atividades físicas nos últimos quatro meses. Trata-se de um dado extremamente preocupante, pois a rotina de exercícios físicos é um dos principais meios para se prevenir a ansiedade e a depressão.

Com o recrudescimento do número de novos casos, o que tem suscitado a revisão das medidas atuais tornando-as mais rigorosas, a atenção aos princípios de isolamento e atenção à saúde (sobretudo nestes dias de tendência à maior aglomeração, devido aos festejos de fim de ano) deve ser ainda mais criteriosa.


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