"PODEMOS REGREDIR EM 150 ANOS NA ÁREA DA SEGURANÇA PÚBLICA"
Com 730 mil presos, o Brasil tem a terceira maior população carcerária do mundo, segundo o Conselho Nacional de Justiça. Em 2016, registrou 60 mil homicídios, segundo a ONG Fórum Nacional de Segurança Pública, uma das maiores taxas do mundo, comparável a zonas de guerra. E o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), amparado por seu "superministro" Sergio Moro, pretende endurecer a lei penal, ampliar o encarceramento e facilitar a compra de armas por civis.
São propostas populares, mas que só acarretarão na piora do quadro. Demagogia, em português mais claro, afirma o defensor público Renato Campos Pinto de Vitto, ex-diretor de política penitenciária do Ministério da Justiça e ex-responsável pelo setor de pesquisas na área do CNJ.
Para De Vitto, as ideias de Bolsonaro para a segurança pública são, além de ineficazes, inconstitucionais. E ignoram mais de 150 anos de pesquisas acadêmicas, empíricas e científicas na área. O resultado será ainda mais protagonismo do Supremo Tribunal Federal, calcula o defensor, em entrevista exclusiva à ConJur.
Na reflexão de De Vitto, o conjunto de ideias alardeadas por Bolsonaro retoma concepções superadas e ultrapassadas na área da criminologia. Ela as classifica como "populistas" e garante que não entregarão o resultado que prometem.
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