quarta-feira, 21 de novembro de 2018

DECISÃO JUDICIAL COM LIRISMO

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"Vida e poesia se comunicam através de túneis de palavras."

Paulo Bomfim

LIRISMO JUDICIAL

"Queria danos morais, como forma de enricar e picanha verdadeira comprar." Com uma sentença-poema, a juíza de Direito Patrícia Vialli Nicolini, de Cambuí/MG, negou indenização a homem que alegou ter sido enganado ao comprar uma "falsa picanha" no supermercado. Para a magistrada, a situação configurou mero aborrecimento, e poderia ter sido resolvida de forma administrativa: "Para encerrar esta demanda, nem indenização nem valor gasto. Finde-se o processo e volte-se com o boi ao pasto."

Poesia Judicial

A verve literária dos magistrados tupiniquins não é novidade. Vejamos recentes demonstrações:

Sentença-poema: Juiz baiano fixa em versos destino de sanfona apreendida.

Juiz usa poesia em decisão sobre estátua de Manoel de Barros: "E agora, Mané?"

Juiz usa verso poético para negar recurso: "Não é porque se chama a rosa de cravo que se lhe altera o perfume."

Em sentença-poema, juiz do DF anula multa aplicada a idosa pelo Ibama.


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