Deputados querem que Haddad explique 30 kg de cocaína em carro oficial da Receita Federal
Os deputados federais Coronel Meira (PL-PE) e Cabo Gilberto Silva (PL-PB) querem que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, preste esclarecimentos sobre um homem preso por portar 30 kg de cocaína em um veículo da Receita Federal (RF). Agentes do 15º Batalhão da Polícia Militar de São Paulo encontraram a droga na última quinta-feira (27), durante uma operação em Guarulhos, na Grande São Paulo.
A ação resultou na prisão do motorista Washington da Silva Nascimento, que alegou estar a serviço da Receita. A droga foi escondida no banco traseiro do veículo, e o motorista estava a caminho do Aeroporto Internacional de Guarulhos. Fotos da operação policial mostram que a cocaína, em tijolos, estava no banco traseiro do veículo, modelo Trail Blazer. Dentro do carro havia ainda um cartão de isenção de pedágio, emitido pela Secretaria de Parcerias e Investimentos, do governo estadual. O carro oficial da RF pertence ao Ministério da Economia.
De acordo com a reportagem da Revista do Oeste, em documento, Coronel Meira solicita esclarecimentos sobre o possível envolvimento de agentes públicos da Receita Federal com organizações criminosas e o narcotráfico. Ele também questiona as providências internas tomadas pelo Ministério da Fazenda na apuração do caso e os protocolos de segurança adotados pela RF.
“É um fato gravíssimo, pois estamos falando de uma grande quantidade de droga apreendida em veículo oficial a serviço de um órgão federal e sendo encaminhada para um aeroporto internacional”, destacou o parlamentar.
De acordo com o parlamentar, “o episódio pode revelar um possível envolvimento com o crime organizado e o tráfico internacional de drogas, crime de alta complexidade e severo impacto social, econômico e de saúde pública”. Em seu requerimento, Cabo Gilberto Silva pede a Haddad que informe: por que o servidor público estava transportando droga no carro pertencente ao Ministério da Economia; qual era o destino final da droga; se a pasta adotou providências para evitar novos casos; e se já foi instaurado um processo administrativo disciplinar.
A Receita Federal informou por meio de nota que “está apurando e fornecendo todas as informações disponíveis aos órgãos competentes para colaborar com as investigações”. “A verificação inicial indica que se trata de um funcionário terceirizado, incumbido de levar a viatura para abastecer e lavar”, disse o órgão. “A empresa contratada vai receber uma notificação. Não há envolvimento de servidores da Instituição”.
Fonte: Revista Oeste
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