quinta-feira, 6 de março de 2025

PROFISSIONAIS DA ÁREA MÉDICA PEDEM AO GOVERNO AMPLIAÇÃO DA IDADE PARA MAMOGRAFIA DE RASTREIO

Entidades médicas pedem faixa etária maior para mamografia de rastreio


Elas defendem exame para todas as mulheres entre 40 e 74 anos

Pesquisa Nacional de Saúde revelou que menos de 60% das mulheres de 50 a 69 anos realizaram mamografia nos dois anos anteriores à entrevista.

As principais sociedades médicas do Brasil apresentaram à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) um parecer solicitando a ampliação da mamografia de rastreio para mulheres de 40 a 74 anos. O documento busca modificar os critérios de certificação de planos de saúde dentro do novo programa de valorização das boas práticas no tratamento do câncer.

Em dezembro, a ANS lançou uma consulta pública sobre a iniciativa e divulgou uma cartilha preliminar que estipulava o rastreamento mamográfico para mulheres de 50 a 69 anos, seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional de Câncer (Inca). O critério gerou protestos por excluir uma parcela da população. Em resposta, a agência abriu um prazo de um mês para que as entidades médicas apresentassem estudos científicos que justificassem a ampliação da faixa etária.

Impacto da ampliação

O parecer, elaborado pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem, Sociedade Brasileira de Mastologia e Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, argumenta que, em 2024, 22% das mortes por câncer de mama no Brasil ocorreram em mulheres com menos de 50 anos, enquanto 34% foram registradas em pacientes acima dos 70 anos.

Os especialistas destacam que os casos de câncer em mulheres mais jovens estão aumentando e, geralmente, são mais agressivos, com maior risco de metástase. O diagnóstico precoce, segundo o parecer, possibilita tratamentos menos invasivos e reduz a mortalidade.

“No grupo do rastreamento, o tumor é detectado no estágio inicial e apresenta características biológicas menos agressivas, permitindo maior número de cirurgias conservadoras da mama. Essas pacientes também possuem menos indicação de quimioterapia, consequentemente com menores efeitos colaterais do tratamento”, afirma o documento.

Além dos benefícios clínicos, as entidades apontam que a detecção precoce reduz os custos do tratamento, evitando terapias mais complexas e caras.

Fonte: O Poti News


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