Ex-presidente Lula planeja nomear uma mulher para comandar Itamaraty caso vença a eleição
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja indicar uma mulher para chefiar o Itamarati caso ele seja eleito na eleição do Palácio do Planalto. Até agora, o nome mais citado para comandar o Ministério das Relações Exteriores no governo Lula é o nome da Embaixadora Maria Luisa Ribeiro Viotti.
Economista e diplomata de carreira, Viotti é de confiança do embaixador Serso Amorim, ex-ministro das Relações Exteriores e da Defesa. Amorim continua sendo a figura mais influente como conselheiro de política externa do ex-presidente. No PT e no Itamarati, ninguém descarta o retorno do ex-primeiro-ministro ao eventual novo governo de Lula, mas tanto ele quanto o ex-presidente pregam a renovação do quadro de primeiro escalão.
"Claro, temos diplomatas mulheres muito capazes que podem ser excelentes ministras", disse Amorim a Estadan. "Embaixador Viotti é uma das pessoas mais capazes" A nomeação de uma mulher para o Itamarati ganhará poder político no Parlamento e refletirá sobre o movimento das mulheres na diplomacia incentivada por Amorim no passado. O Brasil não tinha um primeiro-ministro.
O nome de Viotti também foi proposto por Lula e seu entorno pelo ex-prefeito de Manaus Arthur Vilgiglio (PSDB) em um jantar de grupo privilegiado em dezembro do ano passado. Virgílio foi contemporâneo do embaixador do Instituto Rio Blanco. Os dois foram formados em 1976 em uma classe de 11 jovens diplomatas. "Ela era muito capaz, ela foi a primeira no nosso quarto, ela sabe muito sobre a ONU, é fundamental para as discussões sobre o meio ambiente", disse o tucano.
A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede) é outro nome lembrado por interlocutores da campanha de Itamati e Lula. A ideia é um tema que o país tem marcado negativamente no regime de Jair Bolsonaro, já que a marina ganhou reputação internacional por sua agenda climática. Em questão de tempo, os acordos comerciais chegaram a um impasse e as doações para o Fundo Amazônia foram bloqueadas.
Marina não é diplomata e o PT sempre evitou escolhas fora da carreira. Mas essa expressão depende de uma reconciliação entre ela e o ex-presidente. Lula já sinalizou que quer se aproximar, mas Marina ainda está magoada com ataques lançados contra ela em 2014 pela campanha da então presidente Dilma Rousseff. Atualmente, o ex-ministro é candidato à reserva de deputado federal ministro da Rede Sustentabilidade, mas é cortejado para participar da corrida paulista como candidato a vice-presidente na chapa de Fernando Haddad (PT) no Palácio bandeirantes.
Fonte: Finanças Brasil
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