Queima da palha de cana-de-açúcar causa impacto ambiental e danos à saúde
Uma das práticas mais comuns ainda hoje utilizada em Ceará-Mirim é a queima da palha da cana-de-açúcar, com o propósito de facilitar as operações de colheita. A queimada consiste em atear fogo no canavial para promover a limpeza das folhas secas e verdes que são consideradas matéria-prima descartável.
Sempre que há um incêndio nos canaviais que circundam a cidade de Ceará-Mirim, empresas e fazendas emitem comunicado que fora um incêndio criminoso. Distritos que são encravados praticamente dentro dos canaviais, são os que mais sofrem com a ação das queimadas.
A queimada é realizada nos canaviais antes do corte manual da cana-de-açúcar. Isso é feito para facilitar a colheita, melhorar a segurança do trabalhador e aumentar o rendimento da atividade.
A prática, que causa polêmicas há anos, facilita o corte da cana, mas é muito poluidora.
Visão econômica e operacional
A queima torna a colheita mais fácil e barata, mas causa mais prejuízos no caso de atraso no corte e leva a complicações com tratamento de água da lavagem pelo aumento de volume necessário.
A poluição do ar gerada pela queima de cana-de-açúcar, o agravamento do efeito estufa e os transtornos causados à população pela fumaça e pela fuligem, são fatos que merecem atenção especial, pois instituições ligadas ao setor sucroalcooleiro tendem a afirmar que o balanço ambiental da cana apresenta saldo positivo em relação às emissões de gases. Esta argumentação é válida e correta, senão pelo diferencial normalmente nunca explicitado de que o canavial realmente absorve e incorpora CO2 em grande quantidade, mas o seu consumo é muito lento quando comparado com a liberação na atmosfera.
Blog 30zero7
Fonte:
https://www.grupocultivar.com.br/artigos/impactos-ambientais-das-queimadas-de-cana-de-acucar
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