A SÍNDROME DA MULHER MARAVILHA
De acordo com a psicóloga Elaine Di Sarno, a busca por uma pseudo perfeição se tornou praticamente uma obrigação para as mulheres. Uma exigência para si mesma e para os outros. Segundo ela, essa idealização já está arraigada na nossa sociedade, como se fosse uma verdade absoluta e não houvesse opção de escolha. A mulher vivencia uma dupla ou tripla jornada (cuidar da casa, do marido, das crianças, do emprego, do curso de especialização, do supermercado e ainda tem que estar impecável na aparência). “Não importa se você seja ocupada demais. As pessoas sempre vão reparar se você engordou, se está com as unhas feitas, o cabelo arrumado ou com a pele bonita”’, diz Elaine.
Diante disso, segundo a psicóloga, vem o stress, a sobrecarga e a ansiedade. “Não à toa, as mulheres são mais predispostas a ter depressão e a desenvolver transtornos de ansiedade. Enquanto cerca de 20% delas apresentam algum episódio depressivo ao longo da vida, apenas 12% dos homens sofrem o mesmo. Claro que há influência de hormônios, especialmente em determinadas fases, como na tensão pré-menstrual, na menopausa ou durante a gestação. Mas os fatores sociais certamente acentuam estes sintomas”, conclui Elaine Di Sarno.
Para a coach Vivian Wolff, o perfeccionismo e a autocrítica geram um círculo vicioso. “Passamos a viver na ansiedade de uma vida e atos perfeitos, tentando nos proteger das situações capazes de expor nossos defeitos ao mundo. Quando entendemos que a perfeição não existe e nos acolhemos exatamente como somos, com o pacote completo, conseguimos nos perdoar, atuar com autocompaixão e pedir ajuda quando precisamos. Neste contexto, além de a mulher construir uma relação mais saudável com ela mesma, passa a enxergar o outro dessa mesma forma, atuando com maior empatia e gerando maior conexão ao seu redor”.
Vivian questiona que se você sente que está presa no piloto automático da rotina e com sintomas da síndrome da Mulher Maravilha, está na hora de avaliar como está lidando com cada um dos pontos da vida. “Quem sabe, com pequenos ajustes, você consiga ser uma mulher mais ponderada, equilibrada, serena e, consequentemente, mais feliz”, finaliza a coach.
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