Pix passa a ser rastreado para bloquear dinheiro de golpes e fraudes, e ganha mecanismo especial de devolução
O Pix passa a contar, a partir deste domingo (23), com uma nova ferramenta contra fraudes: o MED 2.0 (Mecanismo Especial de Devolução). O recurso entra em vigor de forma opcional agora e será obrigatório em fevereiro de 2026, segundo o Banco Central.
A atualização permitirá rastrear o caminho do dinheiro por várias contas, compartilhar informações entre os bancos e bloquear valores em contas intermediárias, ampliando as chances de devolução. O reembolso poderá ocorrer em até 11 dias após a contestação.
Como é hoje
Hoje, o bloqueio só acontece na primeira conta que recebe o Pix, o que facilita que golpistas movimentem o dinheiro rapidamente. Com o MED 2.0, o rastreamento será mais amplo.
Como funcionará o MED 2.0
Cliente aciona o botão de contestação no aplicativo do banco.
O banco do recebedor bloqueia os recursos.
As instituições têm até 7 dias para analisar o caso.
Se for fraude, a devolução é feita em até 11 dias.
Não se aplica a desacordos comerciais, arrependimento ou erros de envio.
Desde outubro, a contestação é totalmente digital. Documentos só podem ser solicitados após a abertura do MED.
Dados de devoluções
Desde 2021, o Pix já devolveu mais de R$ 1,5 bilhão por golpes, fraudes, erros ou coerção.Em 2025, até julho, o total já chega a R$ 377,4 milhões.
Valores por ano:2021: R$ 3,9 milhões2022: R$ 191,1 milhões2023: R$ 389,1 milhões2024: R$ 561,5 milhões2025 (até julho): R$ 377,4 milhões
Outras medidas recentes do BC
1º/10: botão de contestação nos apps.
4/10: bloqueio de chaves usadas em fraudes.
13/10: Pix Automático passou a exigir autorização prévia do pagador.
23/11: rastreamento ampliado e bloqueio em contas intermediárias.
Segundo o Banco Central, o MED 2.0 dificultará a movimentação do dinheiro roubado e deve facilitar a devolução às vítimas.
Fonte: Portal Grande Ponto

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