Segundo dia de julgamento termina com marcha fúnebre perto do STF
O segundo dia de julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus — seis deles militares — no Supremo Tribunal Federal (STF) foi marcado por um protesto inusitado. Na noite desta quarta-feira (3/9), um trompetista tocou a marcha fúnebre diante do tribunal, em Brasília, chamando a atenção de quem acompanhava o processo.
Os réus são acusados de planejar um golpe de Estado para impedir a transição democrática após as eleições de 2022. A análise do caso está sendo conduzida pela Primeira Turma da Corte e segue até 12 de setembro.
Nesta quarta, a Corte ouviu as defesas do general Augusto Heleno; do ex-presidente Jair Bolsonaro; de Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa; e de Walter Braga Netto, general da reserva e ex-ministro da Casa Civil e da Defesa.
Na próxima terça-feira (9/9), o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, apresentará seu voto, seguido pelos demais ministros, encerrando o julgamento com a manifestação do ministro Cristiano Zanin.
Defesas apresentadas
Augusto Heleno: a defesa negou politização do GSI e acusou Moraes de atuar como “protagonista do processo”.
Jair Bolsonaro: os advogados afirmaram que “não há prova alguma” que ligue o ex-presidente aos atos de 8 de janeiro e pediram a anulação da delação de Mauro Cid.
Paulo Sérgio Nogueira: a defesa alegou que o ex-ministro tentou dissuadir Bolsonaro de iniciativas golpistas.
Walter Braga Netto: os advogados disseram que o general é “inocente” e contestaram a validade da delação de Mauro Cid.
No primeiro dia de julgamento, o ministro Alexandre de Moraes abriu a sessão afirmando que “impunidade e covardia não são opções para pacificação”. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu a condenação de Bolsonaro e dos demais acusados, argumentando que o crime de golpe não exige ordem formal para se configurar.
Fonte: Grande Ponto

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