Mãe luta há 1 ano para provar que soldado não se suicidou em quartel
O soldado Christian Korosi, de 19 anos, foi encontrado morto em uma guarita do 2º Batalhão de Suprimento do Exército, em São Paulo, em julho de 2023. A versão oficial concluiu que o jovem tirou a própria vida com um disparo de fuzil 7.62, mas a família contesta e afirma ter reunido indícios de falhas na apuração militar.
A mãe, Juliana Korosi, contratou uma perícia independente que apontou contradições: ausência de registro fotográfico completo da cena, inconsistências balísticas, possível manipulação do local e falhas no manuseio de provas — como o fuzil enviado para exame 58 dias após o fato e o celular entregue à família apenas sete meses depois.
O laudo também questiona o ferimento na cabeça do soldado, que apresenta características de tiro encostado e de curta distância, e a trajetória do projétil, sem vestígios compatíveis na guarita. Depoimentos de colegas divergiram em relação a horários e circunstâncias do episódio.
A mãe afirma que Christian sofria punições no quartel, mas fazia planos pessoais, como pedir a namorada em noivado e prestar concurso para a Polícia Militar. Para ela, o filho pode ter sido vítima de acidente ou homicídio.
O Ministério Público Militar requisitou novas diligências ao Instituto Médico Legal e ao Exército para esclarecer contradições nos laudos, o que pode abrir caminho para a reabertura da investigação.
Em nota, o Comando Militar do Sudeste reiterou a versão de suicídio, alegou que a cena foi preservada e disse que atua em conformidade com a legalidade, sem comentar os questionamentos da perícia independente.
Fonte: Metrópoles

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