Casa Branca detalha acordo entre EUA e China sobre controle do TikTok
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, revelou neste sábado (20) novos detalhes do acordo firmado entre os Estados Unidos e a China para o controle do TikTok. Segundo ela, seis americanos ocuparão assentos no conselho de sete membros que administrará a plataforma, e o algoritmo do aplicativo ficará sob controle norte-americano.
“Este acordo coloca a América em primeiro lugar”, disse Leavitt em entrevista à Fox News. “E quero ser muito clara. Esse acordo significa que o TikTok será majoritariamente de propriedade de americanos nos Estados Unidos. Serão sete assentos no conselho que controla o aplicativo nos Estados Unidos, e seis desses assentos serão de americanos.”
Ela acrescentou que os aspectos relacionados a dados e privacidade ficarão sob responsabilidade da Oracle, empresa de software e computação em nuvem cofundada por Larry Ellison. Leavitt reforçou ainda que os EUA manterão o controle do algoritmo que define o conteúdo exibido aos usuários.
A Casa Branca não respondeu de imediato sobre quem serão os seis membros norte-americanos do conselho nem sobre quem exatamente controlará o algoritmo da plataforma. O TikTok também não se manifestou até o momento.
Na sexta-feira (19), o presidente Donald Trump comentou o acordo, destacando que os investidores que integrarão o conselho são “pessoas muito conhecidas, pessoas realmente famosas, financeiramente”.
“Também é controlado por pessoas muito poderosas e muito substanciais americanas, todas americanas, aliás, todas americanas”, afirmou Trump.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, já havia anunciado na semana passada, durante encontro com autoridades chinesas em Madri, que a estrutura do acordo estava definida.
A administração Trump vinha pressionando para que o controle do TikTok fosse transferido a investidores dos EUA, alegando riscos à segurança nacional e preocupações com a possibilidade de o governo chinês acessar dados de usuários americanos ou manipular o algoritmo da plataforma.
Em janeiro, o aplicativo chegou a ser temporariamente bloqueado no país após a aprovação de uma lei bipartidária, sancionada pelo então presidente Joe Biden, que previa o banimento do TikTok caso ele não fosse vendido a uma empresa norte-americana. Antes de assumir o segundo mandato, Trump prometeu que não aplicaria as sanções previstas nessa lei se o aplicativo permanecesse ativo, mas manteve a pressão pela transferência do controle.
Neste sábado, Leavitt declarou que a administração está “100% confiante de que o acordo está fechado”.
“Agora, esse acordo só precisa ser assinado, e a equipe do presidente está trabalhando com seus colegas chineses para concluir isso”, afirmou.
Trump disse ainda ter conversado por telefone com o presidente chinês, Xi Jinping, sobre o tema. “O acordo do TikTok está bem encaminhado, como vocês sabem, e os investidores estão se preparando. Acho que a China também queria que ele permanecesse aberto. Eles queriam isso”, declarou.
O republicano ressaltou que jovens usuários do aplicativo tiveram papel fundamental em sua vitória eleitoral em 2024. “Muita gente neste país queria que ele permanecesse aberto. Se não estivesse, talvez, não sei. Acho que vencemos por tanto que não teria feito diferença. Mas conseguimos muitos votos, muitos votos republicanos de jovens”, disse.
Trump, que já havia tentado banir o TikTok em 2020 por motivos de segurança nacional, agora defendeu o acordo:
“É um grande negócio para todos os jovens do país que queriam isso, e para as pessoas em geral. Eu fiquei feliz com isso. Olha, eu não era fã do TikTok, mas depois passei a usá-lo, virei fã e ele me ajudou a vencer a eleição de forma esmagadora.”
Fonte: Gazeta Brasil

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