Estudante brasileiro de medicina Morre na Bolívia; Família Suspeita de Asfixia por Seguranças
Um estudante brasileiro de medicina morreu em circunstâncias ainda não esclarecidas em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Igor Rafael Oliveira Souza, de 32 anos, cursava o último semestre do curso na Universidade Unifranz e faleceu no último dia 26 de agosto.
De acordo com relatos da família, Igor teria sido imobilizado por seguranças de uma escola particular da cidade e não resistiu. O caso é acompanhado pelo Consulado-Geral do Brasil em Santa Cruz, mas as autoridades bolivianas ainda não divulgaram informações oficiais sobre a causa da morte.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores informou que, por meio do consulado local, está prestando “assistência consular à família do brasileiro”, mas destacou que, em respeito à legislação e ao direito à privacidade, não pode fornecer informações pessoais ou detalhar os procedimentos adotados.
Neidimar, mãe de Igor, contou que o filho apresentava quadro de depressão desde que se mudou para a Bolívia e fazia uso de medicamentos. No dia da morte, segundo ela, o estudante teria saído à rua pedindo ajuda quando foi contido pelos seguranças da escola.
“Terça-feira da semana passada, ele surtou lá no prédio onde morava, saiu para a rua pedindo ajuda e o pessoal chamou os guardas de uma escola alemã e esses guardas mataram meu filho asfixiado”, afirmou, em relato emocionado.
Testemunhas relataram à família que Igor tentou entrar em uma escola, foi impedido, procurou ajuda em uma papelaria e depois entrou em uma residência vizinha, aparentando estar sob efeito de medicamentos. Moradores chamaram novamente os seguranças, que o teriam amarrado. Logo depois, ele desmaiou. Uma ambulância foi acionada, mas os socorristas confirmaram que o estudante já estava sem vida.
O Consulado-Geral informou que recebeu a notificação sobre o falecimento no dia 26, acionou um advogado e a Polícia Federal para acompanhar o caso, além de manter contato direto com a mãe do estudante, que viajou neste domingo (30) para a Bolívia.
Neidimar afirmou que deseja trazer o corpo de volta ao Brasil para o sepultamento. “A gente precisa de ajuda para trazer o corpo, porque é o nosso desejo que ele seja sepultado aqui no Brasil. Eu quero que a morte do meu filho não tenha sido em vão.”
Enquanto aguarda respostas oficiais, a família organiza uma vaquinha online para arrecadar recursos destinados ao traslado do corpo e à contratação de serviços jurídicos no país vizinho.
A Universidade Unifranz lamentou a morte do estudante e enviou condolências à família em nota oficial.
O Ministério Público boliviano foi questionado pela imprensa brasileira, mas ainda não respondeu sobre a apuração do caso.
Fonte: Gazeta Brasil

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