terça-feira, 30 de setembro de 2025

AINDA TEM GENTE QUE DIZ QUE OS ESTADOS UNIDOS NÃO ESTÃO ENVOLVIDOS NA GUERRA RÚSSIA x UCRÂNIA

Trump autoriza Ucrânia a realizar ataques de longo alcance em território russo sob supervisão do Pentágono

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, autorizou a Ucrânia a realizar ataques de longo alcance em território russo, sob supervisão do Pentágono. A informação foi confirmada neste domingo (29) pelo enviado especial americano para a Ucrânia, Keith Kellogg, em entrevista à Fox News.

“A resposta é sim, usem a capacidade de atacar em profundidade, não existem santuários”, afirmou Kellogg, ao detalhar a posição de Trump sobre as ofensivas ucranianas.

Segundo ele, a autorização não é automática: cada operação precisa ser aprovada individualmente, cabendo a Trump a decisão final.

Pedido por mísseis Tomahawk

A solicitação de armas de longo alcance tem sido uma das principais demandas recentes de Kiev. Durante encontros paralelos à Assembleia Geral da ONU, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, pediu pessoalmente a Trump o envio de mísseis de cruzeiro Tomahawk. O vice-presidente dos EUA, JD Vance, confirmou que a Casa Branca avalia o pedido, mas destacou que ainda não há decisão definitiva.

“Essa é uma das razões pelas quais, na última semana, o presidente Zelensky pediu a Trump que entregasse mísseis Tomahawk. A decisão ainda não foi tomada”, reiterou Kellogg.

Apesar de desenvolver seus próprios mísseis de longo alcance e drones, a Ucrânia segue dependente do armamento e da tecnologia de seus aliados para sustentar as operações.

Tensões na OTAN

Kellogg ressaltou que a guerra não tem favorecido a Rússia:

“Se estivessem vencendo, já estariam em Kiev, em Odessa, teriam cruzado o Dnipro”, disse, citando dados do Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia, que estimam 1.109.590 baixas russas desde o início da invasão, em 24 de fevereiro de 2022.

Ele também defendeu cautela diante das provocações de Moscou contra a OTAN e a União Europeia. Nos últimos dias, drones russos violaram o espaço aéreo da Polônia, sendo derrubados pela defesa aérea de Varsóvia em 10 de setembro — a primeira ação do tipo em mais de três anos. Em 19 de setembro, três aviões militares russos invadiram o espaço aéreo da Estônia, ampliando as tensões na região.

Ataque massivo contra Kiev

Na madrugada deste domingo (29), um ataque russo prolongado, com drones e mísseis, deixou quatro mortos em Kiev, incluindo uma menina de 12 anos, segundo autoridades ucranianas.

De acordo com o Exército da Ucrânia, o país foi alvo de 595 drones e 48 mísseis. A maioria foi interceptada, mas 31 drones e cinco mísseis atingiram diferentes regiões. Entre os alvos, estavam casas, um centro de cardiologia e até um jardim de infância.

A vizinha Polônia chegou a acionar caças para proteger seu espaço aéreo durante a ofensiva. Após o bombardeio, Zelensky conversou por telefone com aliados, incluindo o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, o presidente da Finlândia, Alexander Stubb, e o primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Store.

O presidente ucraniano acusou Moscou de tentar provocar um apagão em larga escala ao atacar instalações de energia.

“O objetivo de Moscou é continuar sua campanha de mortes e só merece a pressão mais forte da comunidade internacional”, declarou Zelensky.

A Rússia, por sua vez, afirmou ter atacado apenas alvos militares.

Fonte: UOL Notícias



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