Prefeito de Pesqueira e vereadores viram réus por suposto esquema de corrupção
Denúncia do MPPE aponta que Cacique Marcos Xukuru seria o líder da organização criminosa que fraudou licitações e desviou milhões dos cofres públicos
A Justiça aceitou denúncia contra o prefeito de Pesqueira, Cacique Marcos Xukuru (Republicanos), e dois vereadores acusados de integrarem uma organização criminosa especializada em fraudes em licitações e que teria desviado mais de R$ 15,7 milhões dos cofres públicos.
Ao todo, 13 investigados se tornaram réus, na última sexta-feira (25), por crimes como corrupção ativa e passiva, frustração do caráter competitivo de licitação, organização criminosa e lavagem de dinheiro. O grupo, que inclui empresários e outros servidores públicos, agora tem dez dias para apresentar as defesas antes da Justiça dar seguimento à ação penal.
A coluna Segurança teve acesso à integra da decisão assinada pelo juiz Leon Elias Nogueira Barbosa, da Vara Criminal da Comarca de Pesqueira. Nela, consta que o esquema de corrupção na Prefeitura de Pesqueira, no Agreste de Pernambuco, teria sido praticado entre 1º de janeiro de 2021 e 30 de setembro de 2022.
O processo é resultado da investigação da Polícia Civil, que deflagrou, no começo do mês, a operação Pactum Amicis. Na ocasião, a Justiça determinou que o prefeito de Pesqueira fosse afastado das atividades por 30 dias. A defesa dele disse, em nota, que Marcos Xukuru não tem envolvimento com as acusações.
A denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) aponta que Xukuru ocupava o cargo de secretário municipal na época dos fatos, mas, na prática, tomava decisões como se fosse prefeito. "Também era o líder da organização criminosa, promovendo, organizando a cooperação no crime e dirigindo a atividade dos demais membros".
O vereador Jucenildo José Simplício Freira, o Sil Xukuru (PT), é apontado como financiador da campanha do prefeito. Segundo o MPPE, ele teria recebido vantagens indevidas, a partir da facilitação de ações da organização criminosa.
Já vereador José Maria Alves Pereira Júnior, conhecido como Pastinha Xukuru (PP), na época era presidente da Câmara dos Vereadores, é apontado também como um dos beneficiados no esquema de corrupção. "Aceitou promessa e recebeu vantagem indevida para, valendo-se de sua função pública, apoiar politicamente e participar do esquema criminoso", destacou o MPPE.
Fonte: jc.uol.com.br

Nenhum comentário:
Postar um comentário