sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

MAIS VÍTIMAS DO JOGO DO TIGRINHO: ALUNA DA COMISSÃO DE FORMATURA GASTA R$ 77 MIL DA TURMA NO JOGO DE AZAR

Aluna de Direito gasta R$ 77 mil de formatura no Jogo do Tigrinho

Estudantes tentam arrecadar valor novamente, enquanto buscam reaver dinheiro na Justiça

Uma estudante de Direito da Unidade Central de Educação Faem (UCEFF), em Chapecó/SC, gastou todo o dinheiro arrecadado para a formatura da turma, quase R$ 77 mil, em apostas on-line, no conhecido jogo do Tigrinho.

Ela era presidente da comissão de formatura e, menos de um mês antes da festa, assumiu aos colegas que "se viciou", perdendo todo o dinheiro.

"Eu perdi todo o dinheiro da formatura. Me viciei em apostas on-line, Tigrinho e afins, e quando perdi todo o dinheiro que eu tinha guardado, comecei a usar o da formatura para tentar recuperar. E aí, cada vez mais fui me afundando no jogo."

Após boletim de ocorrência registrado pelos colegas de turma, a Polícia Civil investiga o caso e disse que trabalha com duas linhas de investigação: apropriação indébita ou estelionato.

Enquanto isso, a turma busca formas de arrecadar novamente o montante da festa.

Segundo relatos, o dinheiro, que havia sido acumulado ao longo de três anos de contribuições dos estudantes, estava sob a gestão da presidente da comissão, que se ofereceu voluntariamente para coordenar os recursos. Menos de um mês antes da celebração, marcada para 22 de fevereiro, ela revelou em uma mensagem a colegas que havia perdido a quantia em jogos online, especificamente no "Tigrinho".

A situação levou ao registro de um boletim de ocorrência, onde os alunos detalharam que um adiantamento de R$ 2 mil já havia sido pago à empresa contratada para o evento. O restante do pagamento, que totalizava R$ 76.992,00, deveria ser efetuado até dezembro de 2024, acordo que não foi cumprido.

Sem receber o dinheiro, e após algumas tentativas de contato com a presidente da comissão, a empresa chamou os estudantes em um ultimato, em janeiro, e relatou que a mulher afirmou não ter mais o dinheiro para o pagamento.

A Polícia Civil de Chapecó abriu um inquérito para investigar o incidente, considerando possíveis crimes de apropriação indébita ou estelionato. Além disso, foi feita uma representação à Justiça com o objetivo de rastrear e tentar recuperar o valor desviado.

Enquanto as investigações prosseguem, os estudantes não desistiram de celebrar sua formatura. Eles iniciaram uma campanha de arrecadação online e planejam realizar eventos para juntar o dinheiro necessário. A nova data para a formatura foi proposta para maio deste ano, em uma tentativa de superar o contratempo e realizar o evento tão esperado.

Fonte: www.migalhas.com.br


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