Jaime Calado prepara a primeira pedalada fiscal da gestão 2025-2028
O prefeito de São Gonçalo do Amarante, Jaime Calado, está no centro de uma polêmica que pode marcar sua gestão nos próximos anos. Em meio ao aumento nacional do piso salarial dos professores, o gestor municipal enfrenta dificuldades para implementar o reajuste e busca uma solução controversa para evitar prejuízos políticos e administrativos.
Marcado para esta segunda-feira, 27/01 às 9H, Jaime leva o debate à Câmara Municipal, envolvendo os vereadores na decisão de não implementar integralmente o reajuste do piso salarial da educação. A medida, vista por muitos como uma tentativa de dividir responsabilidades, tem sido interpretada como a primeira “pedalada fiscal” da gestão 2025-2028.
A estratégia de dividir o ônus com os parlamentares seria uma forma de blindar o prefeito contra possíveis reprovações de suas contas no futuro. Ao dividir a responsabilidade com os vereadores, Calado evita assumir sozinho as consequências de uma decisão que pode ser impopular, especialmente entre os educadores e a comunidade escolar.
Durante a gestão do ex-prefeito Eraldo Paiva, desde que assumiu a prefeitura, em 2022, autorizou três reajustes para os professores de São Gonçalo, ajustando anualmente para atingir a meta nacional aprovada pelo governo Bolsonaro. Os índices foram de 33,24% em 2022, de 14,95% em 2023 e de 3,62% em 2024.
O aumento do piso salarial é um direito conquistado pelos professores e representa uma valorização essencial para a categoria. No entanto, a justificativa da gestão é a “impossibilidade” de implantar o reajuste devido a limitações orçamentárias. A proposta levada à Câmara pode resultar em um desdobramento negativo, tanto para a imagem do prefeito quanto para os parlamentares que optarem por apoiar a medida.
Líderes sindicais e professores têm se mobilizado para pressionar os vereadores a rejeitarem qualquer proposta que prejudique o cumprimento integral do reajuste. Eles argumentam que a educação deve ser prioridade e que o direito ao aumento salarial é inegociável.
Espera-se que os vereadores ajam com responsabilidade e respeito à educação, recusando-se a compactuar com o que muitos já chamam de “manobra política” para evitar desgaste na gestão. A população de São Gonçalo do Amarante aguarda ansiosa pelos próximos desdobramentos, com a esperança de que o compromisso com os professores prevaleça sobre interesses políticos.
Afinal, investir na educação é investir no futuro da cidade, e a valorização dos profissionais da área deve ser um pilar inegociável para qualquer gestão que se comprometa com o desenvolvimento local.
Fonte: Portal RN Diário
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