Com rosto machucado, Papa Francisco nomeia cardeais de diversas partes do mundo
O Papa Francisco sofreu uma contusão na manhã de sexta-feira, ao bater o queixo na mesa de cabeceira, causando o hematoma no lado direito do rosto com o qual apareceu em eventos e cerimônias no sábado. A informação foi confirmada pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni.
Apesar do incidente, Francisco liderou a cerimônia na Basílica de São Pedro, onde realizou seu décimo consistório e nomeou 21 novos cardeais, incluindo uma significativa presença de representantes da América Latina.
Nomeação de Cardeais: Foco na Diversidade
No consistório, considerado um marco do papado, Francisco reforçou seu compromisso com uma Igreja descentralizada e inclusiva. O papa argentino, que completará 88 anos em breve, já nomeou mais de 78% dos cardeais eleitores – aqueles com menos de 80 anos e aptos a participar de um conclave.
Entre os novos cardeais, destacam-se prelados das “periferias” do mundo católico, uma prioridade de Francisco desde o início de seu pontificado. América Latina e Ásia tiveram forte representação, com prelados como Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre; Carlos Gustavo Castillo, de Lima; e Fernando Natalio Chomali, de Santiago do Chile. Da África, foram promovidos representantes de Abidjan, na Costa do Marfim, e de Argel, na Argélia.
Em sua homilia, Francisco destacou o papel dos novos cardeais como “testemunhas de fraternidade, artesãos de comunhão e construtores de unidade”, refletindo a diversidade e a universalidade da Igreja Católica.
Herança e Continuidade
Com este consistório, Francisco consolida seu legado, moldando o Colégio Cardinalício que, no futuro, será responsável por escolher seu sucessor. Sua visão de uma Igreja mais inclusiva e voltada para as comunidades locais contrasta com práticas anteriores, que priorizavam grandes dioceses europeias.
O Papa também aproveitou a ocasião para alertar os novos cardeais sobre os perigos do poder e do prestígio, exortando-os a se manterem fiéis aos princípios espirituais.
Rumores sobre a Sucessão
Embora Francisco tenha reiterado sua disposição de continuar liderando a Igreja, ele já declarou estar aberto à possibilidade de renunciar caso sua saúde se deteriore, seguindo o exemplo de Bento XVI.
Especialistas religiosos veem na escolha dos novos cardeais um indicativo da direção futura da Igreja, que conta com 1,4 bilhão de fiéis. No entanto, a diversidade do Colégio Cardinalício também pode trazer desafios, como a dificuldade de alcançar consensos no próximo conclave.
Francisco segue comprometido com a promoção de líderes do clero provenientes de países em desenvolvimento, reforçando sua visão de uma Igreja globalizada e conectada às realidades locais.
Fonte: APF/Santa Sé
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