Justiça Impõe Medidas Rigorosas à Filha do “Guru Espiritual” de Seita de Sexo Livre no RS
Justiça do RS impõe medidas cautelares à filha do “guru espiritual” de seita de sexo livre; tornozeleira e passaporte retidos
Na última terça-feira (17), a Justiça do Rio Grande do Sul tomou medidas cautelares significativas contra a filha do “guru espiritual” que liderava uma seita de sexo livre em Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre. As determinações incluem a proibição de contato com as vítimas, o uso de tornozeleira eletrônica e a retenção de seu passaporte, gerando repercussão nas investigações em curso sobre o grupo.
As novas diretrizes da Justiça visam proteger os envolvidos nas investigações. A mulher, cuja identidade não foi revelada, deve manter uma distância mínima de 100 metros das vítimas e seus familiares. Além disso, ela está obrigada a usar uma tornozeleira eletrônica para monitoramento. Seu passaporte também foi suspenso, devendo ser entregue em Cartório no prazo de 24 horas.
Segundo fontes judiciais, a acusada estaria envolvida na administração dos recursos financeiros da comunidade e na coordenação de atividades em outros estados. Há suspeitas de que ela organizava a venda de livros, com os lucros revertidos para a comunidade terapêutica.
A Polícia Civil investiga a seita por graves acusações, que incluem tortura psicológica, curandeirismo e estelionato. Na última sexta-feira (13), o líder da seita e outra mulher também tiveram medidas semelhantes aplicadas. Além disso, contas bancárias associadas ao grupo foram bloqueadas.
Os seguidores da seita, que atuam em uma área isolada de Viamão, teriam pago pacotes de imersão que variavam entre R$ 8 mil e R$ 12 mil, além de mensalidades para residir no local. A investigação aponta que o líder do grupo, um homem de 69 anos, desviava doações para financiar viagens de luxo e apostas online.
A defesa da mulher ainda não foi contatada pela imprensa, e o Tribunal de Justiça do estado informou que, até o momento, ela não havia constituído um procurador nos autos. O advogado do líder da seita, Rodrigo Oliveira de Camargo, refutou as alegações, afirmando que seu cliente está disponível para esclarecer os fatos e confia na Justiça.
Esse caso levanta questões sobre a dinâmica interna de seitas e os mecanismos de controle psicológico exercidos sobre os seguidores. As investigações continuam, e a Polícia Civil segue coletando evidências para esclarecer a situação.
Fonte: Tribuna do Nordeste
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