domingo, 29 de dezembro de 2024

BOLSONARO REAPARECE NA MÍDIA E PÕE EM DÚVIDA OS NÚMEROS DO DESEMPREGO DO IBGE

Bolsonaro Afirma que Taxa de Desemprego do IBGE “É Uma Mentira”

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou nesta sexta-feira (27) os números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a taxa de desemprego no Brasil, que foi de 6,1% no trimestre encerrado em novembro, a menor já registrada desde 2012. Em uma live na rádio AuriVerde Brasil, Bolsonaro classificou os dados como “uma mentira” e afirmou que eles não refletem a realidade do mercado de trabalho brasileiro.

“O IBGE considera como empregado quem não procura emprego, e quem recebe benefícios como o Bolsa Família, também é considerado empregado. O número real de desempregados é muito maior do que esse. Além disso, temos visto um aumento nas buscas por seguro-desemprego, o que demonstra que a situação é bem diferente do que esse dado mostra”, disse Bolsonaro.

A taxa de desemprego é calculada por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que adota critérios de classificação específicos. De acordo com a metodologia, pessoas que não procuram emprego ativamente ou que estão fora da força de trabalho, como os desalentados — aqueles que querem trabalhar, mas não buscam vagas por acreditar que não encontrarão trabalho —, não são consideradas desempregadas. Essas pessoas são contabilizadas como fora da força de trabalho.

O IBGE também esclareceu que programas sociais, como o Bolsa Família, não impactam diretamente na classificação de ocupação ou desocupação, já que beneficiários desses programas podem ser classificados como ocupados, desocupados ou fora da força de trabalho, dependendo da situação específica de cada indivíduo.

Essa metodologia, que segue as recomendações da Organização Internacional do Trabalho (OIT), foi adotada desde o início da Pnad, em 2012, e utilizada durante todo o governo de Bolsonaro. O ex-presidente, no entanto, questiona os números divulgados e defende que as estatísticas não são adequadas para representar a real situação do mercado de trabalho no Brasil.

Fonte: UOL Notícias


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