segunda-feira, 25 de novembro de 2024

NÚMERO DE INSTALAÇÕES DE PONTOS DE ENERGIA SOLAR NO RIO GRANDE DO NORTE DÁ UM SALTO ESPETACULAR EM 2024

Número de conexões de energia solar em 2024 bate recorde no RN

As conexões fotovoltaicas no Rio Grande do Norte atingiram a marca de 22.078 novos sistemas entre janeiro e setembro de 2024, um recorde histórico que supera a quantidade de unidades contabilizadas anualmente desde 2015. Até então, o melhor desempenho havia sido registrado nos 12 meses de 2022, com 19.613 novas conexões. Os dados são do Observatório da Energia Solar, produzido pela Associação Potiguar de Energias Renováveis (Aper-RN) com a JVilar Consultoria e indicam que, no acumulado da série iniciada em 2015, o Estado soma 78.501 unidades. O número é 345 vezes maior do que o do começo da contagem, quando havia 64 sistemas conectados.

Ainda no acumulado da série histórica, o RN registra atualmente 737.484,72 quilowatts-pico (kWp) de potência instalada até setembro de 2024. Até 2015, eram 1.022,72 kWp. Considerando-se apenas o recorte entre janeiro e setembro deste ano, são 176.686,62 kWp, desempenho inferior somente aos 12 meses de 2022 (com 177.910,38 kWp) e de 2023 (179.052,10 kWp). O Observatório utiliza como base dados da Aneel. Williman Oliveira, presidente da Aper, avalia que a busca por autossuficiência energética e os custos cada vez mais em conta para o consumidor, têm estimulado o uso de sistemas fotovoltaicos.

“Os gastos com energia representam um dos maiores impactos financeiros para a população, mas, no caso da geração solar, os preços caíram muito e isso é um facilitador. E o RN possui inúmeros fatores que se juntam a isso, como um patamar de radiação solar excelente. Temos um sol abundante, então, é preciso aproveitar essa riqueza natural. Os números do Observatório são um reflexo dos investimentos e do desejo por autonomia energética”, afirma Oliveira.

José Maria Vilar, da JVilar, pontua que os números superaram as expectativas mais otimistas e reforça que ainda existe muito mercado para a expansão do setor. “Seguramente pode-se afirmar que, de forma geral, ainda há um amplo espaço para crescimento, considerando que a quantidade total de conexões à rede elétrica ainda é proporcionalmente muito pequena em relação ao total de domicílios de cada município, em torno de 6%, em média”, analisa Vilar.

De acordo com os dados, considerando apenas o mês de setembro de 2024, o RN contabilizou 2.389 novas conexões, distribuídas entre 153 municípios. Williman Oliveira, da Aper, afirma que, para pensar em expansão, é preciso olhar, também, para as realidades regionais “A grande maioria das cidades potiguares hoje tem pelo menos uma usina instalada, mas o crescimento do setor tem a ver também com a economia de cada localidade”, pondera.

“Um crescimento maior ou menor em cada município irá depender de ações mercadológicas das empresas e de eventuais benefícios fiscais que cada cidade venha a oferecer para incentivar o uso dessa tecnologia”, aponta José Maria Vilar. Oliveira, por sua vez, ressalta que, em função disso, a contribuição das empresas no sentido de tornar a matriz energética mais acessível é primordial. “A gente espera que as concessionárias continuem oferecendo boas oportunidades para o consumidor poder montar os próprios sistemas”, diz.

Fonte: Tribuna do Norte


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