O renascimento petrolífero do Rio Grande do Norte
O Rio Grande do Norte voltou à vanguarda da transformação econômica impulsionada pelo ressurgimento de seu setor petrolífero. Com o presidente da Petrobras sendo um político do Estado, Jean Paul Prates, é preciso falar sobre a importância da cadeia produtiva de petróleo para o desenvolvimento econômico e sobre os investimentos recentes e futuros, bem como os desafios regulatórios enfrentados.
Na abertura do Mossoró Oil & Gas Expo, evento que evoluiu de um fórum regional para um seminário internacional focado no setor de petróleo e gás, o presidente do Sistema Federação das Indústrias (Fiern), Roberto Serquiz, destacou a importância deste setor para a economia potiguar. Segundo ele, a descoberta do campo de Pitu em águas profundas da Bacia Potiguar promete inaugurar uma nova era para a Petrobras no Estado. Este campo, sozinho, atraiu um investimento inicial de US$ 300 milhões, uma amostra da magnitude econômica e do potencial petrolífero do RN.
Além do campo de Pitu, 11 empresas estão ativas na região Oeste. Elas juntas projetam a criação de cerca de 5 mil empregos. Números que devem ser reforçados por planos como o de reativar 616 poços e perfurar mais 1,6 mil, operações que estimularão a economia e a geração de emprego e renda na região. Este crescimento se traduz em emprego direto e no estímulo à economia local e regional, através de uma rede de fornecedores de bens e serviços.
Reconhecendo a necessidade de um ambiente de negócios saudável para dar sustentação a esse novo ciclo do petróleo no RN, o presidente da Fiern fez um apelo ao diretor do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), Werner Farkatt, pela agilização dos processos de licenciamento ambiental – apelo que reflete a urgência de harmonizar a preservação ambiental com o crescimento econômico.
O Sistema Fiern, juntamente com entidades como Instituto Euvaldo Lodi (IEL), Serviço Social da Indústria (Sesi) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), tem dado apoio à retomada desse setor. O Senai, em particular, está na linha de frente oferecendo capacitação e educação para equipar a força de trabalho local com as habilidades necessárias para prosperar neste setor.
O potencial petrolífero do RN, reavivado devido a um interesse regional legítimo no plano federal, volta a ser fonte de receita e alavanca para o desenvolvimento socioeconômico potiguar. Com investimentos, regulação e capacitação da força de trabalho, o Estado se posiciona bem para desbravar novamente um caminho embasado no poder do seu ‘ouro negro’.
Fonte: AgoraRN
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