terça-feira, 7 de novembro de 2023

CANDIDATO QUE PARTICIPAVA DO ENEM 2023 É PRESO POR ENGANO DURANTE A PROVA DO DOMINGO

Enem 2023: candidato é preso por engano durante prova no Recife

Candidato estava na 30ª questão do Enem, quando foi convocado pela coordenadora do local da prova à se retirar e acompanhar os PMs

Marcos Antonio Gomes da Silva, de 50 anos, foi preso por engano, enquanto realizava a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, no domingo (5/11). O homem fazia o concurso em uma escola no Recife, e policiais militares o surpreenderam com um mandado de prisão contra um suspeito de mesmo nome e data de nascimento que o dele.

Ele chegou a prestar queixas contra os políciais por danos morais, mesmo sendo liberado em seguida, após ser levado para a delegacia. O homem não conseguiu terminar a prova do Enem. “É irreparável. A gente se prepara, tem um sonho, e, de repente, uma falha acaba com tudo”, disse Marcos, em entrevista à TV Globo.

Marcos é vendedor e pesquisador, prestava o exame na Escola Estadual Assis Chateaubriand, no bairro de Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife, quando foi convocado a se retirar da sala, pela coordenadora do local da prova, em direção ao pátio.

Identificação para o Enem

Os PMs notaram um problema ao verificar seus documentos de identificação, no entanto. Apesar do nome e a data de nascimento serem iguais das que estavam no mandado, os nomes dos pais de Marcos eram diferentes da do homem procurado, nascido na Paraíba.

Mesmo assim, o vendedor não pôde voltar para sala da prova, devido à ordem dos policiais para que ele fosse conduzido até o Institutido de Identificação Tavares Buril, no Centro do Recife, afim de chegar suas impressões digitais. “Tentei argumentar, mas não tive apoio da coordenação do Enem”, contou Marcos.

Após verificarem que as digitais não batiam com as do suspeito procurado, Marcos se dirigiu para a Delegacia de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, registrar um boletim de ocorrência contra a abordagem.

Danos Morais

Perguntado se teria condições para refazer a prova em uma posspivel reaplicação da prova em dezembro, Marcos afirmou ser muito cedo para saber. Ele conta também que não pediu para entrar na sala da prova novamente, pois não tinha condições psicológicas e emocionais depois do ocorrido.

Allan Negreiros, advogado de Marcos, disse que vai pedir maiores informações à Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) afim de entrar com uma ação na Justiça por danos morais, em busca de uma indenização.

“Para saber de onde saiu a ordem de conduzir o senhor Marcos mesmo diante de uma dúvida sobre a sua identidade, pois ele poderia ser custodiado durante a prova e, posteriormente, levado para fazer a investigação”, afirmou o advogado.

Fonte: Metrópoles


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