Grupo de juízes se mobiliza para criar sindicato da magistratura
Segundo Cyntia Cordeiro, que lidera o movimento, magistrados sofrem com alta pressão, falta de reajuste e arrocho financeiro
A juíza Cyntia Cordeiro, do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT5), lidera um movimento para a criação do sindicato da magistratura, o SindMagis. A agenda é bastante objetiva: a luta pela defesa de prerrogativas e a pauta remuneratória.
Cordeiro diz que os magistrados enfrentam dificuldades para o desempenho de suas funções e aponta para o número crescente de colegas que abandonam a toga para se dedicar a outras atividades, como coaching e palestras.
“Temos muitos juízes que estão se aposentando espontaneamente antes de completar a idade da compulsória porque não estão aguentando a pressão. Além disso, se antes a opção era por ficar na carreira, a falta de reajuste e arrocho financeiro têm feito com que vários colegas optem por tentar outras atividades profissionais”, afirma a magistrada.
A juíza já deu início aos trâmites para registro da entidade e se prepara para enfrentar obstáculos até a conclusão do processo no Ministério do Trabalho. Ela reconhece que não conta com o apoio das principais entidades ligadas à magistratura, mas afirma que tem aliados para seguir adiante.
À newsletter Por Dentro da Máquina, do JOTA, juízes ligados às entidades nacionais afirmaram que há inúmeros problemas para criar o sindicato. Inicialmente, como membros de Poder, eles não poderiam se sindicalizar. E, por fim, dizem que a magistratura já tem três representações bem definidas e estruturadas: AMB, Ajufe e Anamatra.
Fonte: Jota Info
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