FIERN projeta que geração de energia por meios renováveis mudem patamar econômico do RN
No ano em que completa 70 anos, FIERN olha para o futuro e crê que eólica offshore, hidrogênio verde e energia fotovoltaica serão base para novo ciclo na economia potiguar
Nos próximos anos, o Rio Grande do Norte vive a expectativa de se tornar um importante personagem da economia nacional no quesito energia. Após 70 anos de atuação, a Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN) dá um passo adiante ao projetar o futuro. Principalmente com a fotovoltaica e a possibilidade da chegada da produção eólica offshore – gerada em alto-mar – e do hidrogênio verde. A Casa da Indústria tem a expectativa de que estes novos mercados elevem o status econômico do RN.
Amaro Sales, presidente da FIERN, afirma que o estado tem se tornado um protagonista quando o assunto é geração de energia por meio de fontes renováveis. “A tendência é de uma ampliação ainda maior deste segmento, uma vez que as energias eólica e fotovoltaica são vocações inegáveis do Rio Grande do Norte. O estado é, atualmente, líder na geração com fonte eólica no país e tem projetos contratados que devem ampliar ainda mais essa condição no setor. Mas o potencial é ainda mais significativo, com o início das atividades offshore”, disse.
Aproveitando o potencial geográfico do estado, rota dos ventos alísios – que seguem dos trópicos em direção à linha do Equador –, a Federação aguarda um novo ciclo de desenvolvimento econômico que inicie uma transição energética e a descarbonização. “E um dos desdobramentos será a ampliação e o aprofundamento do mapeamento do potencial eólico offshore na Margem Equatorial Brasileira. Diante da necessidade de pensar e atuar estrategicamente nas ações que utilizam o mar direta ou indiretamente, a FIERN criou, no Rio Grande do Norte, junto com as empresas associadas, o Cluster Tecnológico Naval do RN, uma associação que reúne entidades representativas, empresas públicas e privadas, instituições acadêmicas e órgãos públicos”, avaliou.
Ainda de acordo com o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte, não é possível prever se o RN alcançará patamares de estados industrializados, como Bahia e Pernambuco, mas é possível aguardar uma mudança de panorama.
“As possibilidades que o Rio Grande do Norte tem para um novo ciclo de desenvolvimento com os investimentos que deverão ser conquistados com as oportunidades a partir da expansão das energias renováveis podem, sim, mudar o panorama do Estado. Algumas condições estão dadas, outras precisam ser trabalhadas, articuladas e plenamente aproveitadas para que se revertam no desenvolvimento econômico que corresponde a essa oportunidade”, adiantou Amaro Sales.
Fonte: AgoraRN
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