segunda-feira, 10 de julho de 2023

NA MINIREFORMA MINISTERIAL DE LULA O CENTRÃO ESTÁ DE OLHO NAS PASTAS COMANDADAS PELAS MULHERES

Ministérios liderados por mulheres são os mais cobiçados

De acordo com uma apuração da CNN, os parlamentares que desejam obter maior espaço no governo Lula 3 têm concentrado sua pressão principalmente nos ministérios liderados por mulheres. O presidente Lula teve que defender publicamente a ministra da Saúde, Nísia Trindade, contra insinuações feitas por novos aliados de que o cargo dela estava em risco.

“Tenho a certeza de que poucas vezes tivemos a chance que temos hoje, de ter uma mulher com a qualidade da Nísia Trindade para cuidar do povo”, afirmou Lula na Conferência Nacional de Saúde.

Nísia Trindade, ex-presidente da Fiocruz, foi nomeada ministra devido à sua expertise técnica e não por ser filiada a algum partido político. De forma parecida, a ministra Ana Moser tem enfrentado a cobiça de deputados do chamado Centrão em relação à sua pasta.

O orçamento do Ministério do Esporte é relativamente baixo quando comparado a outras áreas do governo. Para o ano de 2023, a previsão é de R$ 1,9 bilhão. No entanto, esse montante pode ser aumentado por meio de emendas parlamentares e pela receita proveniente da regulamentação das apostas esportivas no país. Essa proposta está próxima de ser encaminhada ao Congresso Nacional.

Diferentemente das duas colegas que conseguiram se manter no cargo, a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, não obteve sucesso. Após membros do governo confirmarem que ela seria substituída, a aliada do presidente decidiu colocar seu cargo à disposição. A troca deve ocorrer ainda nesta semana.

As ministras do Meio Ambiente, Marina Silva, e dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, não enfrentaram pressão pública para “entregar os ministérios” em troca de apoio político. No entanto, as duas pastas sofreram um esvaziamento quando os deputados e senadores votaram a medida provisória que reestruturou o governo.

A busca por espaço por parte dos novos aliados não se limita à administração direta. Além da “coincidência” em relação aos ministérios, o foco agora está voltado para a presidência da Caixa Econômica, que atualmente é ocupada por uma mulher. Atualmente, a posição de presidente da Caixa Econômica é ocupada por Rita Serrano, uma funcionária de carreira do banco.

Fonte: A Postagem


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