“Vem tomar minha arma se você é homem”, diz bolsonarista a Dino
Gilvan da Federal participou do mesmo ato armamentista que Eduardo Bolsonaro nesse domingo (9/7) e mandou “recado” ao ministro Flávio Dino
O deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES) participou da manifestação armamentista nesse domingo (9/7), em Brasília (DF). Em discurso, ele mandou um “recado” ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ao provocar: “Vem tomar minha arma se você é homem”.
O vídeo foi revelado pelo jornal O Globo. O protesto do qual Gilvan participou é o mesmo onde o também deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comparou professores a traficantes de drogas.
“Esse ministro da Justiça não representa a Polícia Federal, não representa o povo brasileiro”, começou o parlamentar. “Um ministro da Justiça que vai em uma comunidade dominada por uma facção, sem trocar tiro. Em comunidade dominada só sobe trocando tiro ou com autorização, disse em referência à ida de Dino ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, no dia 13 de março, atendendo a um convite da ONG Redes da Maré.
Gilvan, então, desafia o ministro: “Flávio Dino, vem tomar minha arma se você é homem. Vem tomar minha arma”.
Durante discurso no ato, Eduardo Bolsonaro afirmou: “Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar os nossos filhos para o mundo do crime. Talvez o professor doutrinador seja pior”.
O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também afirmou que o Brasil pode se tornar como a Venezuela, que definiu como “o país mais violento do mundo”. “Infelizmente, vai roubar muita vida de inocente, porque os caras do Ministério da Justiça não querem dar o acesso à legítima defesa a todos nós”, argumentou.
O ministro Flávio Dino solicitou à Polícia Federal (PF) que analise os discursos feitos durante a manifestação para identificar indícios de eventuais crimes, notadamente incitações ou apologias a atos criminosos.
A deputada Professora Luciene Cavalcante (PSol-SP) pediu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Supremo Tribunal Federal (STF) também investiguem as falas do deputado.
Fonte: Metrópoles
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