Devolução da Companhia dos Trens Urbanos Rio de Janeiro mostra que privatização não é a saída, diz Sindmetro
Mitsui alega, entre outros motivos, a perda da receita com a pandemia, o prejuízo com o furto de cabos e o congelamento da tarifa
A Supervia, Companhia dos Trens Urbanos Rio de Janeiro, que foi privatizada em 1998, há mais de 20 anos, hoje se encontra sucateada. Os japoneses não têm condição nenhuma de manter o sistema, pegou tudo que o Governo Federal repassou pra eles, e agora está entregando de volta ao estado porque não tem condições mais de operar.
Tem uma das passagens mais caras do Brasil, tendo bastante quebras, muito sucateados, descarrilhamento, com intervalo de 10 a 15 minutos e atende pessimamente a população. E hoje, depois de levar todos os recursos do Governo, vem entregar um sistema totalmente sucateado.
Não podemos dizer que eles não têm recursos porque eles têm a passagem mais cara do país, chega a mais de R$ 7,00, paga mal aos trabalhadores e oferece o serviço de péssima qualidade. Isso demonstra claramente que a privatização não é a saída.
Ou seja, chega um empresário pega os recursos do Governo Federal, usa ao seu bel-prazer e depois entrega o sistema todo sucateado. Essa é a situação da privatização do nosso país.
Por isso, defendemos que o metrô em Pernambuco seja estatal federal porque é quem tem os recursos para garantir o sistema funcionando e com qualidade para atender à população. São os únicos. O Governo do Estado já percebemos que não tem condições. Se tivesse, o governo do Rio tinha feito.
A empresa japonesa está entregando o sistema totalmente destruído. Pegou o sistema todo organizado e está entregando totalmente destruído, agora precisando que o governo federal faça um grande trabalho recuperando o sistema, trazendo os trabalhadores de volta. Eles estão com toda disposição para tocar esse sistema basta o Governo do Estado conversar com Governo Federal para que pegue de volta a Supervia e coloque o metrô nos trilhos.
Ou seja, volte a funcionar para um milhão de pessoas como era no início em 1998 . Hoje o Supervia está operando com 200 mil, 300 mil pessoas. E agora vai parar definitivamente porque eles não têm condição de garantir o metrô funcionando.
O governo federal tem as condições para trazer de volta os funcionários do Rio de Janeiro para que a gente possa tocar esse serviço e operar bem fazer, fazendo com que os trabalhadores que tanto precisam do metrô volte a frequentar. O metrô vai voltar a operar para um milhão de pessoas.
A saída não é a privatização, a saída é a manutenção do sistema metroferroviário sob o controle do do governo federal. Por isso, a CBTU tem que continuar no governo federal, a Transurb também. Vamos trazer de volta o metrô de Belo Horizonte porque a forma como está sendo feito lá também é desastrosa. Logo logo vai apresentar os problemas e a gente não quer que aconteça o que aconteceu com o Rio de Janeiro.
Precisamos desde já olhar para frente, trazer o metrô do Rio de volta, trazer o metrô de Belo Horizonte de volta e ter uma grande CBTU lutando com metro de qualidade para atender à população nas regiões metropolitanas dos estados onde a companhia está: Natal, João Pessoa, Recife Maceió, Belo Horizonte e no Rio de Janeiro.
Fonte: Blog de Jamildo (RJ)
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