Roberto Jefferson não se entregou, foi rendido; Ele atirou 20 vezes e jogou granadas nos agentes
O ex-deputado federal Roberto Jefferson não se entregou para os agentes da Polícia Federal na noite deste domingo (23). Na verdade, ele foi é rendido pelos agentes, após um acirramento dos ânimos e a escalada da violência por parte do político. Logo após a prisão, o presidente Jair Bolsonaro divulgou um vídeo afirmando que quem atira em policial "é bandido" e que assim será tratado.
Segundo as informações levantadas pelo Portal 96, Roberto Jefferson atirou, pelo menos, 20 vezes contra os veículos da Polícia Federal, que estavam na casa dele para cumprir um mandado de busca e apreensão. Além disso, chegou a jogar duas granadas na direção dos agentes, em um dos momentos mais tensos da tarde.
O padre Kelmon, inclusive, foi a residência de Roberto Jefferson e conseguiu que ele entregasse parte das armas.
Utilização Política
Durante o cerco e logo após, adversários do presidente Jair Bolsonaro tentaram ligar a imagem do candidato a reeleição pelo PL com a imagem de Jair Bolsonaro. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a divulgar um vídeo em que acusa o presidente de ter envolvimento na "criação" desse momento, o qual classificou como "aberração".
O envolvimento do presidente, no entanto, foi descartado pelo próprio Bolsonaro, que afirmou não ter qualquer relação com Roberto Jefferson. Bolsonaro até lembrou que o ex-deputado entrou com uma queixa-crime contra ele recentemente e que ainda seria candidato a presidência da República contra o próprio presidente.
Vale lembrar que a própria situação foi mostrada pelo ex-deputado Roberto Jefferson pelas redes sociais dele, no final da manhã. A filha do ex-deputado, Cristiane Brasil, afirmou que ele não iria se entregar e, caso acontecesse algo, iria atrás de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Violência contra a imprensa
Um jornalista da empresa filiada da TV Globo foi agredido na manhã deste domingo, em Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro, quando cobria a prisão de Roberto Jefferson.
O cinegrafista Rogério de Paula, de 59 anos, foi atingido na cabeça e chegou a ter uma convulsão. O profissional fazia parte da equipe de reportagem da emissora, quando foi atacado por um apoiador do ex-deputado presente ao local. Ele precisou ser socorrido após cair no chão e desmaiado.
Fonte: Portal 96 FM
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