Governo federal destrói programa alimentar mesmo com escalada de fome no País
O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) foi criado em 2003 durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Esse nome durou até 2021, quando a administração de Jair Bolsonaro (PL) mudou para Alimenta Brasil. Essa política tem como objetivo incentivar a agricultura familiar e a doação de comida para pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional. No entanto, mesmo com a crescente escalada de fome no país, o governo federal destruiu e praticamente zerou o orçamento destinado a esse programa. As informações são do UOL.
Por causa da falta de recursos, algumas cooperativas tiveram de encerrar as suas atividades e projetos sociais reduziram a qualidade do alimento oferecido para famílias carentes, crianças em creches e idosos nas casas de acolhimento.
Em 2021, o governo federal chegou a apresentar na Cúpula dos Sistemas Alimentares da Organização das Nações Unidas (ONU) o programa Alimenta Brasil como uma “importante estratégia para o combate à fome e à desnutrição”.
Mesmo assim, isso não impediu a redução do orçamento destinado ao projeto. Em 2012, os recursos federais foram de R$ 586 milhões. O valor diminuiu ao longo dos anos e chegou, em 2021, a R$ 58,9 milhões. Até maio deste ano, o valor fornecido foi de apenas R$ 89 mil.
“Perde-se a oportunidade de estimular e assegurar a aquisição de alimentos da agricultura familiar e impõe às famílias em insegurança alimentar e nutricional seguir nessa situação de fome. Esse programa poderia, sim, ser parte da solução (para o problema da fome no país)”, disse Sílvio Isoppo Porto, professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia e ex-diretor da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Outro ponto importante é que as unidades que recebiam as doações de alimentos por parte do governo também diminuíram. Em 2012, eram 17 mil e passaram para 2.535 em 2020. Já o número de famílias produtoras passou de 128.804 para 31.196, na comparação dos mesmo anos.
Fonte: Revista IstoÉ
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