Mercado vê aperto monetário mais intenso com Selic a 13,25% ao fim de 2022
O mercado vem intensificando sua perspectiva para o aperto monetário em curso no Brasil em meio a projeções cada vez mais altas para a inflação, embora tenha melhorado o cenário para o crescimento deste ano.
A pesquisa Focus, que voltou a ser divulgada pelo Banco Central nesta terça-feira depois de um hiato de quase um mês, mostra que os especialistas consultados veem nova alta da taxa básica de juros de 1 ponto percentual na reunião de maio do Comitê de Política Monetária, chegando a 12,75%.
Mas eles preveem mais aperto monetário até o fim deste ano, com a Selic chegando a 13,25%, de expectativa de 13,05% na semana anterior e 13,00% há quatro semanas.
Para 2023, segue a projeção de que a Selic encerrará a 9%, sem alterações nas duas comparações.
Devido à greve dos servidores, a última vez que o BC havia divulgado os dados do Focus foi em 28 de março, com projeções referentes a 25 de março, mas a autarquia retomou a publicação nesta terça após a suspensão da paralisação.
O BC havia informado no mês passado que os membros do Copom seguiam com acesso atualizado aos dados das expectativas do mercado para a inflação, podendo utilizá-los para as decisões de política monetária apesar da greve de servidores.
O levantamento semanal, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostrou ainda que o cenário para a inflação vem se degradando a cada semana.
A expectativa para a alta do IPCA em 2022 agora é de 7,65%, de 7,46% há uma semana e 6,86% há quatro semanas. Foi a 15ª alta seguida na estimativa.
Para 2023, os especialistas consultados veem inflação de 4,00%, de 3,91% e 3,80%, respectivamente, há uma e quatro semanas.
O centro da meta oficial para a inflação em 2022 é de 3,5% e para 2023 é de 3,25%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Para o Produto Interno Bruto (PIB), entretanto, a estimativa de crescimento para este ano melhorou, passando de 0,50% há quatro semanas para 0,56% há uma semana e 0,65% agora. Mas, para o ano que vem, a conta veio diminuindo, indo de 1,30% a 1,12% e 1,00%.
Fonte: Money Times
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