terça-feira, 21 de dezembro de 2021

MARINA SILVA E HELOÍSA HELENA TENTAM SALVAR O REDE SUSTENTABILIDADE COM CANDIDATURAS A DEPUTADA FEDERAL

Rede quer Marina Silva disputando mandato de deputada federal para escapar da cláusula de barreira

Pela primeira vez, desde 2010, nome da ex-senadora não estará na disputa pela Presidência de 2022 e busca por vaga na Câmara pode nem ser pelo Acre

O nome da ex-senadora e ex-ministra Marina Silva, atualmente morando em Santos (SP) mas ainda eleitora do Acre, em Rio Branco, começa a ser cogitado pela direção da Rede Sustentabilidade, Partido criado por ela, como candidata a deputada federal. A eleição de deputados federais em 2022, com uma bancada de no mínimo 11 parlamentares, é uma questão de vida ou morte para a sigla, já que, abaixo disso, o Partido pode ficar fora do rateio do fundo partidário e sem espaço no rádio e na TV durante o horário eleitoral gratuito. Daí a prioridade em relação à eleição de deputados federais e Marina é apontada como um dos nomes potenciais para obter mandato, assim como a ex-senadora Heloisa Helena, de Alagoas, que já confirmou sua candidatura ao cargo.

A presidência da República não é a prioridade da Rede. Em relação à Marina Silva, cuja candidatura seria uma exigência prioritária da Rede, na definição da porta-voz da sigla, a ex-senadora alagoana Heloísa Helena, seria uma forma de a sigla se manter viva em relação ao futuro. O problema é que, no Acre, dificilmente a ex-ministra repetiria a performance eleitoral dos anos 90 e começam a surgir especulações de que ela poderia ser candidata a deputada federal por outros estados, como Rio de Janeiro ou Distrito Federal, onde é bem conhecida. Marina ainda não sinalizou se aceita ou não a exigência do Partido.

A Rede, na Câmara, tem hoje apenas uma representante do partido: a deputada e liderança indígena Joenia Wapichana (RR), que disputará a reeleição. A quantidade de deputados é fundamental para que o partido consiga ultrapassar a cláusula de barreira. Por isso, ela será “prioridade absoluta” do partido, segundo Diógenes. “Em um país de dimensões continentais, não ter um segundo do horário eleitoral, para nós é uma situação de clandestinidade muito grande. Para nós, nem é o fundo. O pior é não ter acesso ao horário eleitoral”, disse Heloisa Helena. “É uma questão de sobrevivência superar a cláusula de barreira. A meta é alcançar ao menos 11 parlamentares na Câmara. Por isso, o partido deixará de lado outras disputas. A próxima eleição será a primeira. Nas disputas majoritárias nos estados, apenas duas participações, com as candidaturas ao governo de Randolfe, no Amapá, e de Audifax Barcelos, no Espírito Santo. “Se a gente fica o tempo todo convencendo as pessoas de que elas devem disponibilizar os seus nomes para a chapa de deputado federal, isso significa que devemos dizer para nós também”, fala Heloisa, que será candidata a deputada. “Eu vou ter que ser. E digo isso para Marina, para todo mundo.”

Fonte: Contilnet Notícias


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