Natal registra aumenta de 2º na temperatura
Estudo é do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) em parceria com a Universidade Autônoma de Madrid
A mudança no clima de Natal nas últimas décadas e o que fazer dentro da revisão do Plano Diretor para não agravar a situação foi o assunto de destaque na reunião da Comissão dos Direitos Humanos, Proteção das Mulheres, dos Idosos, Trabalho e Minorias, da Câmara Municipal de Natal, nesta quinta-feira (25).
Foi apresentado um estudo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), em parceria com a Universidade Autônoma de Madrid, que constatou um aumento entre 0,9° e 2° na temperatura da capital. “Foi muito enriquecedor ver os dados e como podemos pensar melhor esse assunto no Plano Diretor com emendas mais qualificadas. Precisaremos prosseguir com esse debate também discutindo o clima das cidades dentro do contexto da Região Metropolitana”, declarou a vereadora Divaneide Basílio (PT), presidente da comissão.
O professor e geógrafo do IFRN Malco Jeiel mostrou os dados do estudo que apontou os bairros Cidade Alta, Petrópolis, Alecrim, Quintas, Igapó e Lagoa Nova como os que têm maiores problemas térmicos e onde estão formadas as ilhas de calor. Segundo o levantamento, de modo geral, a temperatura do solo da cidade, que ficava entre 27° e 35° em 1990 varia agora entre 31° e 38°. “As ilhas de calor geralmente se concentram nas áreas edificadas, verticalizadas. Por isso, o adensamento e a verticalização poderão agravar ainda mais. Como a cidade não pode reverter seu crescimento, isso precisa ser bem dosado para que não se agrave. Já as ilhas de frescor estão justamente nas áreas verdes, por isso, o Plano Diretor deve priorizar a questão do clima urbano e a poluição do ar. É impensável prédios de 40 andares circundando o Parque das Dunas, por exemplo”, destacou o professor.
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