sexta-feira, 27 de agosto de 2021

GOVERNO FÁTIMA SUSPENDE PAGAMENTOS DE EMPRESA INVESTIGADA NA OPERAÇÃO 'LECTUS'

Sesap suspende pagamento de empresa investigada em operação da PF

A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte (Sesap/RN) determinou a suspensão dos pagamentos à empresa M.A. Engenharia Clínica e Hospitalar, alvo de operação da Polícia Federal, na última terça (25), por suspeita de corrupção e peculato. A informação foi dada pelo controlador-geral do Estado em entrevista à Tribuna do Norte.

Segundo o controlador, será iniciada uma auditoria nos contratos firmados com a empresa. A Controladoria irá também requisitar a abertura de uma Comissão Especial de Apuração "para analisar os atos praticados pelos servidores afastados dos cargos em comissão por determinação judicial". A Sesap avalia encerrar definitivamente o vínculo com a M.A. Engenharia Clínica.

A Controladoria-Geral da União (CGU), que participou nesta quarta-feira (25/08) da Operação Lectus, em parceria com a Polícia Federal (PF) e a Receita Federal, informou que levantamentos indicaram que a empresa contratada pela Sesap não tinha experiência em implantação de leitos de UTI, bem como não apresentava estrutura econômica e financeira nem capacidade técnica para dar suporte à vultosa contratação.

Ainda segundo a CGU, a empresa se valia de equipamentos e materiais da própria Secretaria Estadual de Saúde, além de não disponibilizar todos os profissionais previstos no contrato. 

As contratações previam o fornecimento de equipamentos, acessórios e parte de pessoal técnico (enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas), para implantação, no ano de 2020, de 10 leitos de UTI no Hospital Central Coronel Pedro Germano da PM e, no ano de 2021, de 40 leitos no Hospital Dr. João Machado, em Natal (RN).  Os dois contratos totalizaram o montante de R$ 13,5 milhões.

Também foi constatado que houve facilitação para a contratação da empresa e manutenção dos contratos, por interferência direta de agentes públicos da SESAP, que se valiam dos privilégios e liberdades dos seus ofícios para favorecer a empresa contratada, de acordo com a CGU. 

O prejuízo causado aos cofres públicos ainda está sendo apurado, tendo em vista que o contrato da prestação de serviços no Hospital Dr. João Machado se encontra em execução, mas poderá chegar a R$ 4 milhões.

Fonte: Portal Grande Ponto


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