Da ponte entre a pandemia e os tempos tão esperados da pós-pandemia é possível distinguir traços do novo panorama político:
1. Ela não irá embora, devendo dar as caras aqui e acolá, sem aviso prévio;
2. A Covid-19 deverá comparecer às urnas dentro da cabeça de eleitores medrosos, daí a previsão de que o índice de abstenção em 15 de novembro, junto aos nulos e brancos, deverá ultrapassar a casa dos 30%;
3. A campanha terá seus maiores pontos de ebulição, nos distritos, apesar do esforço de candidatos tentar deixá-la restrita à cidade;
4. O apoio de Bolsonaro pretendido por alguns, cairá por terra, devido tão somente aos próprios partidários. Não aconteceu a união pretendida e houveram lançamentos de candidatos de toda sorte, buscando herdar o voto do capitão.
Em campo nacional
Ainda do meio da ponte da transição entre o Brasil pré e pós-eleição de novembro, são perceptíveis as nuvens cinzentas que baixam sobre alguns terrenos, como o da economia.
A lei do teto deverá ser cumprida com muito esforço, após essa tentativa de reaproximação entre Paulo Guedes e Rodrigo Maia. O presidente da Câmara chegou a pedir desculpas por ter sido grosseiro com Guedes. E este saiu do encontro confortado com as palavras e compromissos assumidos por Maia e Davi Alcolumbre. Vai se arrumar maneira de conseguir um dinheirão para o Renda Cidadã. Provavelmente da seara do Imposto de Renda.
Mas os pedidos de 'me dá um dinheiro aí' vão se multiplicar. E ofuscar a escalada de obras previstas. Dívidas de curto prazo chegam a R$ 1 trilhão.
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