
MENSALÃO COMPLETA 15 ANOS
O Mensalão foi um escândalo de compra de votos que ameaçou derrubar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva em 2005. O neologismo mensalão, popularizado pelo então deputado federal Roberto Jefferson, em entrevista que deu ressonância nacional ao escândalo, é uma variante da palavra mensalidade, usada para se referir a uma mesada paga a deputados para votarem a favor de projetos de interesse do Poder Executivo. Embora o termo já fosse conhecido por outras razões, segundo o deputado, o termo já era comum nos bastidores da política, entre os parlamentares, para designar essa prática ilegal. Jefferson acusou o então ministro da Casa Civil, José Dirceu, de ser o mentor do esquema.
O escândalo estourou em 6 de junho de 2005, quando o deputado federal Roberto Jefferson disse ao jornal Folha de São Paulo que o Partido dos Trabalhadores (PT) pagou a vários deputados 30.000 reais por mês para votar para legislação favorecida pelo partido na Câmara dos Deputados do Brasil. Os fundos supostamente vieram dos orçamentos de publicidade das empresas estatais, canalizados através de uma agência de publicidade de propriedade de Marcos Valério.
A investigação envolveu membros do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), do Democratas (DEM), do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e de sete outros partidos políticos. Muitos assessores-chave de Lula renunciaram e vários deputados foram confrontados com a escolha de renúncia ou expulsão do congresso. O próprio presidente foi reeleito em 2006 e em 2010 o Brasil elegeu sua chefe de gabinete, Dilma Rousseff, como presidente. Grande parte da liderança do PT foi afetada de alguma forma, com muitos renunciando ou não conseguindo a reeleição. A economia brasileira não foi substancialmente impactada pelo escândalo.
Roberto Jefferson, que inicialmente provocou o escândalo, foi expulso da Câmara dos Deputados em 14 de setembro de 2005 por violações éticas determinadas pelo Conselho de Ética do Congresso.
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