segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

A TRAGÉDIA DE BRUMADINHO

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BRUMADINHO PEDE SOCORRO

Confesso, é difícil começar o “Bom Dia” depois de um fim de semana como esse.

Os últimos dias foram marcados pelo rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho, na grande Belo Horizonte. A lama atingiu casas na comunidade de Vila Ferteco e chegou ao rio Paraopeba, que deságua no São Francisco. Segundo a última contagem, os mortos já chegam a 58 e os desparecidos a 305. O número já supera a tragédia de Mariana, ocorrida três anos atrás também em Minas Gerais. 

O governador do estado, Romeu Zema (Novo), lamentou a chance baixa de se encontrar sobreviventes: “Vamos resgatar somente corpos”, disse na noite de sexta. Na manhã do sábado, porém, 46 pessoas já tinham sido resgatadas com vida. São, porém, as exceções.

Carlos Franco, de 40 anos, ainda não teve notícias da mulher, Lenilda Cardoso: 
Minha filha, de 4 anos, perguntou onde está a mãe. O que eu digo para ela? 

No decorrer do fim de semana, as multas sobre a Vale se acumularam, bem como os valores bloqueados pela Justiça para garantir a reparação dos danos ambientais e dos danos às pessoas atingidas. Até o fim de domingo, a empresa já tinha R$ 350 milhões em multa e R$ 11 bilhões bloqueados. 

Um funcionário de uma empresa que presta serviços à Vale testemunhou o momento do rompimento da barragem, por volta das 13h. Ele conta: 

"Fui acordado por um grande estrondo, seguido de um barulho crescente. Quando saí, viu uma nuvem de poeira gigantesca e uma onda de lama. Era uma onda que vinha por cima da outra e um ronco das coisas sendo arrastadas. "

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) montou um gabinete para lidar com a crise de Brumadinho e deslocou os ministros do Desenvolvimento Regional, Minas e Energia e Meio Ambiente e o secretário nacional de Defesa Civil. Bolsonaro também sobrevoou a região no sábado. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enviou ontem ao Brasil uma missão de socorristas, médicos, engenheiros e especialistas em equipamentos de localização de vítimas.

E se você recebeu alguma mensagem tratando o rompimento da barragem como um atentado terrorista perpetrado por estrangeiros, calma lá: a Polícia Rodoviária Federal já desmentiu o boato.


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