GUERRA DE DISCURSOS
Relembre frases que marcaram o 1º turno
Após a confirmação de segundo turno, os brasileiros voltam às urnas no próximo dia 28 para escolher quem assume a presidência do Brasil: Jair Bolsonaro (PSL) ou Fernando Haddad (PT). Com propostas diferentes, o discurso dos candidatos deve ser decisivo para o voto dos eleitores, assim como no primeiro turno. No total, foram 35 dias de propagandas em rádio e televisão. Ao longo desse período, os candidatos ao Palácio do Planalto também se reuniram em debates para discutir propostas de governo, além de terem usado e abusado das redes sociais.
Perguntado pelo jornalista Reinaldo Azevedo, da RedeTV, sobre a capitalização de juros no Brasil, Bolsonaro se enrolou na resposta. “Cabe sim ao presidente da República [...] são números absurdos [...] os meus economistas dizem que tem solução, mas será muito difícil atender essa meta [...] e propostas, redução do tamanho do estado, privatizações [...] fazer com que patrões e empregados sejam amigos, e não inimigos”, afirmou Bolsonaro.
“Antes eu queria te dizer uma coisa Bolsonaro: você disse que a questão dos salários menores para as mulheres é uma coisa que a gente não precisa se preocupar porque já está na CLT. Só uma pessoa que não sabe o que é que significa uma mulher ganhar um salário menor que um homem e ter as mesmas capacidades, a mesma competência ser a primeira a ser demitida. Ser a última a ser promovida. E quando vai pra uma fila de emprego, pelo simples fato de ser mulher, não é aceita. Então não é uma questão de que não precisa se preocupar. Tem que se preocupar sim”, disse Marina Silva.
“Eu tenho ética. Eu tenho história. Eu tenho uma vida pública sem nenhum reparo. Posso te garantir isso. To olhando aqui no olho do eleitor e dizendo: não existe nada que não seja na minha vida produzir o bem, trabalho e educação”, declarou Haddad.
“Mas o importante é que nós temos um compromisso de botar a economia para crescer. Já fiz isso no passado, sei como fazer. E, nos próximos quatro anos vamos criar 10 milhões de empregos”, prometeu Henrique Meirelles.
"De um lado, a volta do PT que levou o país a 13 milhões de desempregados com uma irresponsabilidade com a questão das contas públicas. Um projeto de poder só para ganhar a eleição. O Brasil é secundário. De um outro lado, evitar também a insensatez de um candidato que não tem as menores condições, que representa o que há de mais atrasado na política brasileira com uma intolerância num país tão plural como é o Brasil”, criticou Geraldo Alckmin.
"Na olimpíada da mentira e da ficção o PT ganha medalha de ouro. A mentira e a mistificação tem sido arma do PT para iludir o povo brasileiro. Em 2007, eu trabalhei duro para derrubar a CPMF. Em janeiro, o PT aumentou o IOF. Para recuperar os 40 bilhões que perdera com o fim da CPMF. E agora alega que vai reduzir impostos. O PT é implacável com o pobre. Ele distribui a pobreza", enfatizou Álvaro Dias.
Grande personagem na disputa eleitoral por seu carisma e espontaneidade, o candidato do Patriota, Cabo Daciolo, ficou famoso pelas afirmações icônicas, como quando disse que o Brasil tinha “mais de 400 milhões na extrema pobreza”. O país, porém, tem pouco mais de 220 milhões de habitantes.
“O Bolsonaro está interpretando um papel e a elite brasileira cobra ele no texto que ele decorou. Mas daí até ele ganhar a eleição, eu acho que o povo brasileiro não cometerá esse suicídio coletivo. É um projetinho. Dai até chegar a Hitler, é um projetinho de Hitlerzinho tropical", ironizou Ciro Gomes.
“Aqui nesse debate nós vemos novamente 50 tons de Temer. Faz 30 anos que esse país saiu de uma ditadura. Muita gente morreu, muita gente foi torturada. Tem mãe que não conseguiu enterrar seu filho até hoje. Faz 30 anos mas acho que a gente nunca esteve tão perto disso que aconteceu naquele momento. Se nós estamos aqui hoje podendo discutir o futuro do Brasil é porque teve gente que derramou sangue para ter democracia. Sempre começa assim: arma, tudo se resolve na porrada, que a vida do ser humano não vale nada. Acho que nós temos que dar um grito nesse momento, botar a bola no chão e dizer: ditadura nunca mais”, falou em rede nacional Guilherme Boulos.
Até o fim do mês, mais pérolas podem marcar as eleições de 2018. O segundo turno está marcado para o próximo dia 28 e definirá quem governará o país de 2019 a 2022.
Nenhum comentário:
Postar um comentário