Kremlin diz 'não ter dúvidas' de que EUA entenderam mensagem após lançamento de novo míssil balístico contra Ucrânia
Parlamentares ucranianos afirmam que sessão do Parlamento foi suspensa após o risco crescente de ataques russos contra o distrito de Kiev
O Kremlin afirmou nesta sexta-feira que "não tinha dúvidas" de que os EUA entenderam o aviso da Rússia, cujo presidente Vladimir Putin anunciou na véspera o lançamento um novo modelo de míssil balístico de médio alcance, batizado de "Oreshnik", contra a Ucrânia. O ataque, disse Putin na quinta-feira, aconteceu em resposta à autorização dada por EUA e Reino Unido para que a Ucrânia use armas ocidentais em ações contra o território russo. O alvo foi um complexo industrial ucraniano na região de Dnipropetrovsk. Em meio às tensões, o Parlamento ucraniano suspendeu a sessão marcada para esta sexta-feira após avisos de ataques russos contra o distrito de Kiev.
O conselho da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a Ucrânia se reunirão na terça-feira em Bruxelas para discutir a escalada. Em entrevista coletiva, o chanceler ucraniano, Andriy Sybiga, disse que seu país espera "obter resultados concretos e significativos" na reunião.
Ataques russos deixaram ao menos duas pessoas mortas na cidade de Sumy, que faz fronteira com a região russa de Kursk, informou o prefeito Artem Kobzar em uma publicação no Telegram. A administração militar da região explicou que um prédio residencial foi atingido por um drone russo. Além dos mortos, pelo menos 12 pessoas ficaram feridas.
Novo marco da guerra
Autoridades ucranianas relataram na quinta-feira que a Rússia havia utilizado um míssil balístico intercontinental (ICBM), associado aos arsenais nucleares do país. Contudo, especialistas ocidentais questionaram a afirmação e apontaram que se tratava de um míssil de médio alcance, algo confirmado por Putin no pronunciamento.
Segundo o líder russo, o alvo do ataque foi um dos "maiores e mais conhecidos complexos industriais desde os tempos da União Soviética, que ainda hoje produz tecnologia de mísseis e outras armas”, na região de Dnipropetrovsk. A ação, destacou, ocorreu "em resposta" ao uso dos mísseis ATAMCS fornecidos pelos EUA à Ucrânia.
Fonte: O Globo
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